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Justiça obriga Santander reintegrar bancária demitida com câncer

31 de maio de 2020

Demissão da empregada em meio a um tratamento médico reforça que a direção brasileira do banco espanhol não se preocupa com a vida dos seus trabalhadores

Após tentativas de negociação, pressão, denúncia e protestos promovidos pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, uma ação judicial movida pela entidade obrigou o Santander a recontratar uma bancária com câncer demitida em pleno tratamento contra a doença e às vésperas do natal de 2019.

 

>> Santander: dezenas de bancários são infectados pela Covid-19, na região

 

A demissão de uma bancária em meio a um tratamento contra o câncer apenas reforça que a direção brasileira do Santander não se preocupa com a vida dos seus trabalhadores, inclusive de uma empregada em tratamento médico que ia perder o plano de saúde com a demissão.

 

Paula (nome fictício) enfrenta uma batalha contra um tumor na mama e tinha acabado de retornar do período de férias. A demissão ocorreu um dia depois, no dia 19 de novembro do ano passado.

 

“Quando eu tentei a reintegração, eu buscava algo correto e justo, porque quando eu fui demitida, eles sabiam que eu passava por um tratamento de saúde e não houve nenhuma preocupação por parte do banco. Quando eu fui demitida, o sindicato estava na porta do banco protestando porque várias pessoas foram demitidas no mesmo dia.”

 

Representantes dos trabalhadores tentaram reverter a demissão pela via da negociação, mas o banco se mostrou irredutível, o que obrigou a entidade a promover denúncias e protestos e, finalmente, acionar a Justiça, que deu ganho de causa à trabalhadora.

 

A reintegração ao quadro de funcionários foi determinada pela juíza Renata Prado de Oliveira Simões, da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo. A magistrada determinou o restabelecimento de todos os direitos e benefícios do contrato de trabalho da empregada, principalmente o plano de saúde.

 

Também ordenou que a bancária seja mantida em regime de home office, já que ela está inserida no grupo de risco para a covid-19. O Santander já informou que irá aproveitar a flexibilização do isolamento social determinado pelos governos estadual e municipal para ordenar o retorno de parte dos seus funcionários ao trabalho presencial, sem considerar a pandemia. Os trabalhadores do grupo de risco, contudo, continuarão em home office.

 

Assim como os outros bancos, o Santander precisa de uma concessão pública para operar no Brasil. O banco deve prestar contas ao país e aos seus cidadãos ao invés de aumentar o número de desempregados por meio de demissões.

 

O Santander é um banco estrangeiro que deve respeito aos trabalhadores brasileiros que são os responsáveis por 29% do lucro mundial da instituição financeira. O banco lucra muito com a sociedade brasileira por meio da cobrança de juros extorsivos e tarifas abusivas, e deveria dar um retorno mínimo ao país por meio de contratações a fim de diminuir a sobrecarga de trabalho dentro do banco e reduzir o contingente de mais de 12 milhões de desempregados.

 

>> COVID-19: Para o Santander, bancário brasileiro “vale menos” que o espanhol

Fonte: Sindicato dos Bancários de SP – 29/05/2020
Escrito por: Redação Spbancarios

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