Na Baixada Santista já são 24 trabalhadores contaminados (até 27/5), que tomou grandes proporções depois da flexibilização do protocolo, o que coloca clientes e trabalhadores em risco de contaminação dentro das agências
Com medidas frágeis e irresponsabilidade no combate ao novo coronavírus (Covid-19), o banco Santander tornou-se porta de saída e foco da doença, que está atingindo bancários e pode alcançar os clientes. Na Baixada Santista já são 24 trabalhadores contaminados (veja cronologia abaixo). O enfraquecimento do protocolo vem ajudando a aumentar o número, leia:
· Bancários que têm sintomas somente são afastados depois que fizerem exames e confirmarem. O resultado demora, mas eles continuam trabalhando normalmente podendo contaminar clientes e colegas;
· Não fecham as agências, mesmo com casos confirmados;
· Falta de quarentena para os funcionários que tiveram contato com os colegas infectados;
· Falta de equipamentos de proteção para todos como máscaras, luvas, telas de proteção para os caixas e até álcool gel;
· Falta de sanitização das unidades e aparelhos de refrigeração, mesmo onde pessoas foram contaminadas.
O que tornou o ambiente de trabalho uma fonte de transmissão coletiva entre funcionários e clientes. Veja a cronologia da contaminação:
– Dia 5/5, o banco relatou ao Sindicato que somente seis funcionários haviam contraído;
– Dia 7/5, já eram 12 contaminados;
– Portanto, houve aumento de 100% em apenas três dias;
– Dia 12/5, o número subiu para 13 pessoas;
-Dia 26/5, eram 22 bancários, que contraíram a doença;
-Dia 27/5, são 24 funcionários com o vírus.
E a partir do dia 1 de junho, o banco espanhol afirma que irá voltar à vida normal, com horário normal, funcionários trabalhando normalmente e 100% das agências abertas desrespeitando todas as medidas aconselhadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, faz propaganda nos meios de comunicação da abertura de suas unidades, para incitar os clientes a voltarem a se aglomerar.
Como se já não fosse suficiente e de acordo com o dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Fabiano Couto, o superintendente regional sul, que já foi contaminado e passou por quarentena, tem trabalhado em várias agências levando o pânico a sua equipe.
“As ameaças por metas impossíveis e a falta de trato com os funcionários são uma constante dentro das agências. Os bancários do Santander vivem um momento de terror. É a maior taxa de contaminação entre os bancos na região”, afirma Couto.
O Sindicato pressiona para que o banco volte ao protocolo anterior:
· Afastar todos, o bancário infectado para tratamento, os demais funcionários que tiveram contato com ele;
· Fechar a agência para desinfecção;
· Distribuição de máscaras, álcool gel, telas de proteção para os caixas e teste para todos.
“Já notificamos as prefeituras de Santos/SP, Guarujá/SP, São Vicente/SP, Praia Grande/SP e Mongaguá, suas respectivas vigilâncias sanitárias e o Ministério Público do Trabalho. Tendo em vista o risco ao qual a população usuária do serviço, bem como os próprios funcionários acabam expostos em virtude do enfraquecimento do protocolo pelo Santander”, avisa Eneida Koury, presidente da entidade dos trabalhadores bancários.
O Sindicato denuncia em seus meios de comunicação, entra em contato com a imprensa e notifica prefeituras e vigilâncias sanitárias onde existem agências com casos e suspeitas de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). “Vamos notificar, agora, as câmaras municipais das cidades na Baixada”, finaliza a dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região