A votação presencial será até dia 07 de setembro. A cédula é composta por duas perguntas: sobre o fim da escala 6 x 1 e relativa à isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
As frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, CNBB, intersindical Central da Classe Trabalhadora, Sindicato dos Bancários de Santos e Região entre outras entidades e movimentos sociais são organizadoras do plebiscito popular para ouvir a população brasileira, de julho a setembro de 2025, sobre o fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho, isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais e a taxação dos super-ricos.
O Sindicato dos Bancários de Santos e Região participa da coleta de votos do Plebiscito, juntamente com outros sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais. A partir de hoje, terça-feira (01/07), o Sindicato tem uma urna fixa na sede (Av. Washington Luiz, 140 – Santos) e no decorrer dos próximos meses vai colocar urnas itinerantes em locais públicos das cidades da Baixada Santista. Além de percorrer as agências bancárias.
Serão feitas duas perguntas:
● Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e do fim da escala 6×1?”.
● Você é a favor de que quem ganha mais de R$50.000 mensais pague mais imposto para que quem receba até R$5.000 mensais não pague imposto de renda?
O Plebiscito popular é uma ferramenta que visa fortalecer a democracia participativa, permitindo que a população tenha um papel ativo na definição de questões relevantes para a sociedade. Ele aborda problemas concretos da população e visa transformar a realidade para melhorar a vida do povo.
● Discutir temas que afetam a vida da população;

Um plebiscito popular serve para:
● Estimular a organização e a mobilização de grupos sociais, promovendo a conscientização sobre determinado assunto;
● Legitimar as decisões coletivas;
● O resultado de um plebiscito popular serve para pressionar os governantes e parlamentares sobre a posição da população em relação a determinado tema.
A defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salários para:
● Melhorar as condições de vida dos trabalhadores e promover um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
● Mais tempo livre para atividades pessoais, familiares e de lazer;
● diminuição do estresse e da fadiga, resultando em uma melhor saúde física e mental;
● Melhorar a qualidade de vida.
● Permitir a contratação de mais pessoas para combater o desemprego e responder à automação;
● manter os salários para que os trabalhadores não sejam penalizados por melhorias nas condições de trabalho;
● contribuir para aliviar a sobrecarga de trabalho das mulheres que cumprem a tripla e até a quadrupla jornada.
Fim da escala 6X1 para garantir mais tempo para viver
● Essa escala contribui para a superexploração, precarização e adoecimento da classe trabalhadora, roubando seu tempo de vida.
● Segundo a OMS e a OIT, o excesso de trabalho é responsável por mais de 745 mil mortes por ano.
● Estudo da Fiocruz aponta que longas jornadas de trabalho aumentam os casos de depressão, insônia e ansiedade.
● Países como Islândia, Bélgica, Japão e Espanha já testam a semana de 4 dias, com resultados positivos em produtividade, saúde e qualidade de vida.
Algumas razões para dizer NÃO à escala 6X1:
● Redução do adoecimento físico e mental.
● Mais tempo para a família, os estudos e o lazer.
● Combate à desigualdade, uma vez que essa situação afeta mais a população pobre, a juventude, as mulheres e os negros e negras.
● É uma tendência mundial e os países que já aplicam modelos mais humanos não comprometeram suas economias.
Mais ricos são subtributados pelo IR
● Subtributação dos ricos: Renda dos muito ricos é subtributada; lucros e dividendos são isentos de IRPF.
● Carga sobre os pobres: Rendas mais baixas enfrentam alta carga tributária e impostos sobre consumo.
● Privilégios dos super-ricos: Eles pagam pouco ou nada sobre heranças e grandes patrimônios.
● Necessidade de mudança: Para um Brasil mais justo, é essencial um sistema tributário progressivo, onde quem ganha mais paga mais, focando na tributação de renda e patrimônio
● Isenção de Imposto de Renda: Mais de 10 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5.000,00 por mês deixarão de pagar o Imposto de Renda;
● Carga maior para poucos: Apenas 0,13% da população (141 mil pessoas) assumirá uma carga tributária maior. Esse grupo hoje paga, em média, 2,54% sobre sua renda;
● Justiça tributária: É justo que quem ganha mais pague mais, promovendo equidade no sistema;
● Financiamento de serviços essenciais: A progressividade garante recursos para saúde, educação e redução de desigualdades sociais.