Se não houver mudanças no calendário do STF, donos de bares, casas de eventos e até distribuidora de bebidas precisarão reforçar estoque. Condenação deve movimentar comércio.
O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, ministro Cristiano Zanin, divulgou na sexta-feira (15/8) o calendário do julgamento do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado transcorrida entre o final de 2022 e o começo de 2023, no qual o principal réu é Jair Bolsonaro (PL). Pelas datas (2, 3, 9, 10 e 12 de setembro), se não houver alteração no previsto pelo STF, a sentença do ex-presidente deve sair numa sexta-feira (12/9).
Diante da ansiedade que toma a maior parte da população e da tradição festiva dos brasileiros, a expectativa é a de que o anúncio da condenação, sobretudo por sair numa sexta, seja seguido de uma gigantesca comemoração de âmbito nacional. O acontecimento histórico está sendo visto por muitos como o “maior sextou” da história e brincadeiras com um bordão bolsonarista são inevitáveis. “Serão 72 horas de festa”, satirizam.

Quem também ficou de olho na divulgação do calendário do julgamento e já traça estratégias comerciais são os donos de bares, casas de evento e até distribuidores de bebidas. Datas como o carnaval, que tem de quatro a cinco dias de duração a depender da região do país, são muito lucrativos para o setor e as 72 horas de festa pela condenação à cadeia de Bolsonaro está sendo vista como uma espécie de “segundo carnaval” em termos de movimento de caixa.
Vale ressaltar que, mesmo com a condenação em 12 de setembro, ainda haverá um prazo para apresentação de embargos por parte da defesa dos condenados, o que deve acrescentar duas ou três semanas para que o processo seja encerrado formalmente e então a ordem de prisão para cumprimento da pena seja expedida.