Programa Sonhos que Transformam inverte conceito de “doação” ao descontar 1% da variável do bancário que não manifestar contrariedade até 30 de janeiro
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Mais uma vez, a direção do Santander mostra que não compreende conceitos como voluntariado e doação. Ao descontar automaticamente 1% da variável (PLR, PPE e PPG) dos bancários que não manifestaram sua contrariedade até 30 de janeiro, o programa Sonhos Que Transformam subverte o significado de doação voluntária.
Regras absurdas
Pelas regras do programa, o bancário que até 30 de janeiro não manifestar opção através de link fornecido pelo banco, no qual é necessário fornecer senha do internet banking, terá 1% de sua remuneração variável descontada automaticamente da sua conta corrente no dia 28 de fevereiro, data em que é creditada a PLR.
Quem ganha mais, paga menos
Outro problema do Sonhos Que Transformam é o fato de que pessoas que ganham mais farão doação proporcionalmente menor. Ao excluir da base de cálculo parcelas de bônus pagas em ações à vista ou diferidas, o banco reduz a doação de altos executivos, que recebem parte considerável da variável em ações.
“Jeitão Santander”
A postura da direção do banco, que de forma recorrente transforma campanhas positivas em assédio, já é conhecida como “jeitão Santander”. O desrespeito do banco para com seus trabalhadores é tamanho que transforma até boas iniciativas em assédio como no caso do Amigos de Valor, da desplastificação e, agora, do Sonhos Que Transformam. É o jeitão Santander.
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Novamente o movimento sindical e os bancários ficaram sabendo desse desmando através de anúncio do presidente Sergio Rial, que foi feito na festa de fim de ano, e por meio de comunicados no Now. Não existe transparência, diálogo ou negociação efetiva. Essa postura intransigente do banco não é novidade e nem irá impedir que o movimento sindical defenda os direitos dos bancários que representa.
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Fonte: Sindicato dos Bancários de SP – 24/01/2020
Escrito por: Redação Spbancarios