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PF aponta Bolsonaro como chefe de organização criminosa na “Abin Paralela”

Imprensa SEEB Santos e Região

18 de junho de 2025

A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre a chamada “Abin Paralela” e entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório final, com o indiciamento de cerca de 30 pessoas.

No documento, a PF aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como o líder de uma organização criminosa que, desde 2019, teria coordenado um esquema de espionagem ilegal a partir da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com o comando operacional de Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da agência e atual deputado federal.

Entre os alvos do indiciamento estão o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e os ex-assessores presidenciais Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes, conhecido como “Zueiro”, ambos integrantes do chamado “gabinete do ódio” durante o governo Bolsonaro. Vários policiais federais já afastados no ano passado também aparecem na lista.

Software espião e monitoramento ilegal

A investigação teve início em 2019, após a descoberta do uso indevido do software de geolocalização “First Mile”, utilizado para monitorar ilegalmente alvos definidos pelo grupo. Segundo a PF, a espionagem envolveu o acompanhamento de autoridades, jornalistas, opositores políticos e até servidores públicos, sem autorização judicial.

Além do uso do programa, o esquema incluiu ações de campo e operações de vigilância clandestina, executadas dentro da estrutura oficial da Abin, mas fora dos canais legais de controle.

Nomes da atual gestão também estão na lista

O relatório também indiciou o ex-secretário de Planejamento da Abin, Paulo Maurício Fortunato, que ocupava o cargo durante o governo Lula, mas que já havia sido diretor de operações da agência na gestão Bolsonaro. Fortunato é apontado como o idealizador do uso do “First Mile” e acusado de tentar obstruir as investigações.

A lista de indiciados inclui ainda nomes da cúpula atual da Abin: o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega Nelson e o corregedor José Fernando Moraes Chuy. Segundo fontes próximas à investigação, novos elementos mostraram que esses integrantes tentaram embaraçar o andamento do inquérito.

Delegado afastado também é acusado

Outro nome citado no relatório é o delegado Alessandro Moretti, que foi o número dois da Abin até janeiro de 2024. Após a PF cumprir uma série de mandados de busca e apreensão no início do ano, Moretti foi afastado de suas funções. Ligado ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o delegado permaneceu na Abin durante o primeiro ano do governo Lula, mesmo após o avanço das investigações.

Agora, caberá à PGR decidir se oferece denúncia ao Supremo com base nas conclusões da PF.

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