Itaú tem lucros bilionários, torna-se um dos maiores bancos do mundo, mas continua demitindo em massa
O Itaú Unibanco demitiu, ontem segunda-feira 8, cerca de mil bancários e bancárias do Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima, que trabalhavam em regime híbrido ou integralmente remoto.
Lucro com desemprego e metas desumanas
“O banco totaliza lucro de 22,6 bilhões no 1º semestre de 2025. E acumula milhares de demissões e fechamento de agências. Contribuindo para o desemprego e na contramão da economia brasileira. As demissões tornam-se estratégia para lucrar mais e mais. Os bancários que sobram acumulam funções, são massacrados por metas desumanas e contraem doenças psicológicas. Este tipo de gerenciamento é brutal para os trabalhadores e vamos continuar conscientizando a sociedade e os clientes. A luta continua”, afirma Elcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Itaú.
Leia abaixo, na íntegra, a nota à imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Nota à imprensa sobre as demissões do banco Itaú
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região repudia as demissões de funcionários no banco Itaú realizadas nesta segunda-feira 8.
Apenas no último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta, consolidando-se como o maior banco do país em ativos. É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de “produtividade”. Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e em emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes.
O movimento sindical bancário não foi procurado para discutir alternativas de recolocação desses funcionários em outras áreas. O Sindicato seguirá cobrando do Itaú responsabilidade social, diálogo e compromisso com os trabalhadores e vai intensificar os protestos contra as demissões.