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Banco do Brasil começa privatização disfarçada com parceria com o suíço UBS

24 de setembro de 2019

“A intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos…ainda em discussão”, afirmou o BB em comunicado ao mercado

O Banco do Brasil confirmou nesta segunda-feira assinatura de memorando de entendimento com o suíço UBS para formação de uma parceria das instituições na área de banco de investimento e corretora de valores no Brasil e outros países da América do Sul.

 

“A intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos…ainda em discussão”, afirmou o BB em comunicado ao mercado.

 

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A Reuters publicou no início do mês que BB e UBS estavam em negociações avançadas para formar uma joint-venture em banco de investimento, na qual o banco suíço seria majoritário para evitar problemas operacionais comuns em empresas estatais.

 

Segundo o BB, a parceria vai focar em serviços de banco de investimentos no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. A aliança teria acesso à base de relacionamento do BB no Brasil e às estruturas globais de execução e distribuição do UBS.

 

O banco estatal não deu mais informações sobre o acordo como detalhes financeiros ou prazos previstos para início da operação conjunta após a aprovação do acordo por autoridades regulatórias.

 

No início de setembro, as fontes afirmaram à Reuters que não se espera que haja pagamento no negócio.

 

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Para o UBS, a vantagem de um acordo com o BB seria contar com a possibilidade de empréstimos da instituição em determinadas transações de banco de investimento, como financiamentos a aquisições. Neste caso, os créditos ficariam no balanço do Banco do Brasil e não no da joint venture, segundo uma das fontes.

 

A joint venture no Brasil é um projeto aprovado pela executiva Ros Stephenson, que acabou de assumir o cargo de co-chefe de banco de investimento global do UBS com Javier Oficialdegui, numa reestruturação global do banco suíço, segundo uma das fontes.

 

O UBS tem ficado atrás de seus concorrentes americanos nos rankings de assessoria a fusões e aquisições e ofertas de ações no Brasil.

 

Segundo dados da Refinitiv, o UBS está em vigésimo primeiro lugar na assessoria a fusões e aquisições e em nono lugar na emissão de ações, neste ano até o início de setembro. O BB, não muito ativo em assessoria a fusões, está em décimo lugar no ranking.

 

Não é a primeira vez que o UBS tenta aumentar sua presença no mercado brasileiro. Em 2006, o grupo suíço comprou o controle do banco de investimentos brasileiro Pactual de seus sócios por 2,5 bilhões de dólares. Três anos depois, o banqueiro André Esteves comprou de volta o controle do banco com seus sócios por um preço similar, e mudou seu nome para BTG Pactual, hoje o maior banco de investimento independente da América Latina.

 

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Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Brasil 247 e Reuters

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Publicado por: Fabiano Couto

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