Os bancos só pensam em dinheiro. Para isso exploram. De um lado, o bancário com metas para vender produto e encher ainda mais os cofres das empresas. Do outro, o cliente explorado até a última ponta pelo sistema financeiro. Muita gente nem sabe quanto paga pelos pacotes e as empresas se aproveitam disso
Em dois anos, os 70 serviços ofertados pelos bancos tiveram aumento médio de 14%, enquanto a inflação foi de 7,5%. Os dados são do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Uma outra informação, do aplicativo de controle de finanças Guiabolso, revela que 45% dos 5,6 milhões de usuários pagaram, em média, R$ 36,88 só para manter a conta em banco.
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As organizações financeiras não poupam nada. Até as tarifas avulsas tiveram aumento acima do esperado, de 10% a 89%, a depender do serviço. Fazer saque usando o cartão de crédito, por exemplo, saiu de R$ 10,00 para R$ 16,00 no Bradesco. Alta de 60%. O segundo maior banco privado do país é também responsável pelo reajuste mais elevado entre os pacotes. Quem tem o Classic 2 pagava R$ 28,00 em 2017. Agora desembolsa R$ 41,90. Elevação de 50%.
Sem regulação para controlar os reajuste, os bancos metem a faca mesmo. Sem pena. O pior é que o cenário não aponta mudanças. Pelo contrário. Com o governo Bolsonaro trabalhando para atender a agenda do sistema financeiro, a perspectiva é de que a exploração piore. Em todos os sentidos.
Serviços essenciais
Por enquanto, os brasileiros ainda têm a opção de escapar da extorsão, por meio dos serviços essenciais gratuitos, mas quase ninguém sabe disso e acaba caindo nas armadilhas dos bancos.
O levantamento do Guiabolso mostra que 99% dos usuários do app não usam tudo o que está disponível na cesta de produtos. Na verdade, nem precisam. Quer dizer, poderiam economizar. Por ano, o cidadão poderia guardar em média R$ 500,00 somente com o que é gasto em tarifas desnecessárias.
Não há saída. Só você pode analisar se paga mais do que deveria e solicitar a redução dos serviços. Para isso, tem de ver direitinho o que realmente precisa e contratar um pacote de tarifas que se ajuste mais ao perfil de consumo. Caso contrário, a exploração vai continuar.
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Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia