Há pelo menos duas semanas, funcionários do Banco do Brasil vêm sendo bombardeados sobre a possibilidade de o atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, substituir Rubem Novaes no comando da maior instituição financeira pública do país
O burburinho estava tão forte, que chegaram até a marcar a posse de Guimarães, 11 de novembro. Só faltaria o ok de Jair Bolsonaro, que, naquele dia, levou o presidente do BB para a entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida, na Paraíba.
A grande pergunta que os funcionários do Banco do Brasil se fazem é o que tanto Guimarães quer com o banco? Esse questionamento, inclusive, foi feito a Rubem Novaes, que tratou a sua possível substituição como boato. Quem o ouviu falar sobre o tema diz que ele foi convincente.
Publicamente, Pedro Guimarães também nega a eventual troca de cadeiras entre BB e Caixa. Ele foi questionado nesta terça-feira, 12 de novembro, sobre ir para a presidência do BB durante entrevista de anúncio do balanço do banco que comanda. Nesse caso, não foi convincente.
Casa Civil
Em se tratando desse governo, no entanto, tudo é possível. Não à toa, os funcionários do BB estão em polvorosa. Alguns deles, inclusive, se movimentaram junto à Casa Civil para checar se realmente o nome de Guimarães estava sendo avaliado pelo Planalto para substituir Novaes. A Casa Civil negou.
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Maldosamente, nos corredores do BB, o que se diz é que toda a história da ida de Guimarães para lugar de Novaes foi criada por funcionários da Caixa, insatisfeitos com a atual gestão da instituição. O balão de ensaio, pelo menos por enquanto, não colou.
A base do discurso dos que defendem a ida de Guimarães para o BB está na futura privatização do banco. Ele tocaria o processo num ritmo muito mais veloz do que Rubem Novaes, que teria sido cooptado pelos funcionários do BB.
O certo é que, enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, que dá a última palavra em relação ao Banco do Brasil e à Caixa não botar um ponto final no disse-me-disse, a eventual troca de cadeiras entre os presidentes das duas instituições públicas continuará no centro das atenções.
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Fonte: Correio Braziliense – 12/11
Escrito por: Vicente Nunes