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Crime organizado na Faria Lima: quais são as administradoras de fundos investigadas

Rovena Rosa/Agência Brasil

1 de setembro de 2025

Na quinta-feira (28), uma megaoperação da Polícia Federal (PF) contra o crime organizado mirou gestões fraudulentas e esquemas de lavagem de dinheiro em instituições da Avenida Brigadeiro Faria Lima, o coração do mercado financeiro em São Paulo e no Brasil. Entre as instituições, estão fundos de investimento, imobiliários e multimercados.

O sofisticado esquema engendrado pela organização criminosa lavava o dinheiro proveniente do crime ao mesmo tempo que obtinha elevados lucros na cadeia produtiva de combustíveis, segundo a investigação. Em nota nas redes sociais, o presidente Lula (PT) afirmou se tratar da “maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história até aqui”.

De acordo com a PF, as fraudes bilionárias têm conexão com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Operações financeiras realizadas por meio de instituições de pagamento (fintechs), em vez de bancos tradicionais, dificultavam o rastreamento dos valores obtidos na cadeia produtiva de combustíveis.

Segundo a investigação, o lucro e os recursos lavados do PCC eram blindados em fundos de investimentos com diversas camadas de ocultação de forma a tentar impedir a identificação dos reais beneficiários.

As administradoras faziam a gestão de pelo menos 40 fundos controlados pelo PCC com patrimônio acima de R$ 30 bilhões, incluindo usinas, terminais portuários, frotas de caminhões e imóveis de luxo.

O dinheiro do crime ocultado em fintechs era reinvestido nos fundos. A estrutura do esquema permitia a blindagem da titularidade das vultuosas quantias e a lavagem de dinheiro. A Receita Federal aponta que R$ 7,6 bilhões deixaram de ser declarados em São Paulo.

Entre as empresas, destacam-se:

Reag Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A (Reag)

Administradora e gestora de fundos de investimento ligada a João Carlos Mansur. A empresa se apresenta como a maior gestora sem ligação com bancos do Brasil, com R$ 299 bilhões sob sua gestão. É suspeita de compra de empresas, usinas e blindagem do patrimônio.

Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (Trustee)

Comandada por Maurício Antonio Quadrado, é administradora e gestora de fundos de investimento. Suspeita de aquisição e ocultação de bens para o PCC.

Banco Genial S.A. (Banco Genial)

Administra empresas envolvidas em transferências de R$ 100 milhões para o fundo por meio de uma fintech. Seus principais sócios são Rodolfo Riechert e André Schwartz.

Buriti Investimentos Gestora de Recursos Ltda. (Buriti)

Fundo de investimento liderado por Marcelo Alves Varejão.

Entre as administradoras e gestoras de fundos de investimento, também são investigadas as empresas Altinvest, BFL, Actual, Ello, Libertas e Banvox.

O que dizem os citados:

Leia a nota enviada pela Buriti Investimentos

A Buriti Investimentos esclarece que não foi notificada, nem foi alvo de busca e apreensão e que tomou conhecimento do caso pela imprensa.

ista atribuída ao Ministério Público de São Paulo menciona o fundo GAD III Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizado (CNPJ: 51.143.232/0001-30), do qual a Buriti foi gestora.

O GAD III vendeu um ativo ao Sustineri Germinare FIDC NP, fundo este que, de acordo com informações divulgadas pela imprensa, está envolvido na Operação Carbono Oculto.

A referida transação foi uma operação de mercado transparente, realizada em linha com as melhores práticas e buscando uma oportunidade de negócio para nossos investidores.

É importante ressaltar que a Buriti Investimentos não tem nenhuma ligação com o grupo comprador do ativo e não é alvo da referida operação. Os cotistas do fundo GAD III também não são investigados.

A empresa permanece à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento que se faça necessário.

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