No início da semana, em reunião com sindicalistas, o Itaú anunciou que vai terceirizar a Central 30 horas, em São Paulo, onde trabalham aproximadamente 600 bancários. Claro que pretendem demitir muitos!
Em reunião com representantes do Itaú realizada na segunda-feira 13, em São Paulo (capital), o movimento sindical foi surpreendido com o anúncio da terceirização da Central 30 horas, onde trabalham cerca de 600 bancários, responsáveis pelos atendimentos dos segmentos Central Agências, Uniclass e Personnalité.
O banco informou que o processo de terceirização terá início em janeiro de 2022, e tem como prazo final para conclusão junho do mesmo ano.
Os sindicalistas se posicionaram completamente contra a terceirização, que significa a precarização do trabalho e a retirada de direitos dos trabalhadores, FORA AS DEMISSÕES!.
“Esse processo demonstra total desrespeito com seus funcionários e clientes, que terão seus dados pessoais e informações confidenciais expostos a uma empresa terceirizada”, afirmaram os trabalhadores.
Os representantes dos funcionários cobraram do Itaú o número de funcionários envolvidos para que possam acompanhar o processo de realocação desses trabalhadores.
‘O banco está demitindo, não está nem aí conosco’
O anúncio de um processo extremamente prejudicial aos bancários – representado pela terceirização – gerou insegurança, desespero e medo de demissões, uma vez que o Itaú não cumpre com as informações passadas ao movimento sindical, já que o banco anunciou a terceirização da Central de Atendimento pouco tempo depois de garantir que iria suspender as demissões diante da pressão dos sindicatos em face das dezenas de desligamentos promovidos recentemente.
Sindicalistas exigem preservação dos empregos
Os sindicalistas exigem a manutenção dos empregos ameaçados, por meio da qualificação e realocação imediata desses trabalhadores para a rede de agências e departamentos do banco, que estão sobrecarregados com a falta de funcionários.
“O Itaú contribui com o desemprego e com a precarização do trabalho, contribui com a injustiça social, com a pobreza no Brasil, onde lucrou nos primeiros 9 meses deste ano quase R$ 20 bilhões. Muito ao contrário da publicidade na TV, o Itaú prega desrespeito, demissão, desigualdade social e pobreza”, indigna-se Élcio Quinta, diretor financeiro do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Itaú.
O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial, que exclui efeitos extraordinários, de R$ 19,720 bilhões, nos nove primeiros meses de 2021. O número represente alta de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: SEEB de SP com edição do SEEB de Santos e Região