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Vamos resistir ao golpe e à retirada de direitos dos trabalhadores

19 de abril de 2016

Cerca de 200 mil pessoas estiveram em Brasília e outras 200 mil no Anhangabaú/SP, dia 17/4, contra o golpe. Entre elas estava a Frente Povo Sem Medo, da qual a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora faz parte, com o objetivo de lutar contra o ajuste fiscal, a reforma previdenciária que aumenta a idade para a aposentadoria e iguala homens e mulheres em 65 anos. Mas, sobretudo, em favor da democracia e contra o golpe para destruir as leis estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E impor ao trabalhador comer com uma mão e trabalhar com a outra, como disse a FIESP.

Não saímos às ruas para defender o governo Dilma, uma presidente que não cometeu crime de responsabilidade, muito menos o PT, que perdeu a oportunidade de pautar questões como a democratização das comunicações e do sistema político, além de reformas populares.

Porém, não admitimos que golpistas capitaneados pelo corrupto deputado Eduardo Cunha do PMDB (que nem provas entregues por promotores da Suiça e obtidas pelo escândalo “Panamá Papers” conseguem barrá-lo, sem contar com sua sabotagem à Comissão de Ética da Câmara) deem um golpe num governo eleito democraticamente. Para que políticos corruptos do calibre de Aécio Neves, Cunha, José Serra, Michel Temer, FHC, Alckmin, Renan Calheiros e tantos outros (em conjunto com banqueiros, ruralistas do agronegócio e industriais da FIESP) venham retirar direitos da classe trabalhadora.

“Vão entregar nossas riquezas naturais ao grande capital internacional. Como por exemplo, é o objetivo do Projeto de Lei 555, de autoria de José Serra, que entrega o Pré-Sal as petrolíferas estrangeiras”, alerta Eneida Koury, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e da Coordenação Nacional da Intersindical.

“Um dos objetivos deste golpe é aniquilar os movimentos sindicais e sociais, exterminar a CLT e os direitos dos trabalhadores”, afirma Ricardo Saraiva Big, Secretário de Relações Internacionais da Intersindical e Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Por exemplo, a lei da terceirização irrestrita será aprovada “num estalo de dedos” caso estes políticos tomem o governo para acumular mais riqueza aos banqueiros e industriais.
Para a Intersindical é preciso incendiar esse país de solidariedade, de luta pela democracia e de resistência social unitária ao processo golpista. Contra a hipocrisia e a manipulação da mídia, responderemos com diálogo franco e aberto com a população sincera. Contra a farsa, responderemos com luta direta. Contra o golpe, responderemos com democracia. Contra o ódio, o preconceito e a intolerância, responderemos com amor, solidariedade, unidade na diversidade, e muita, mas muita disposição para defender a democracia, os interesses da maioria da população trabalhadora e a soberania nacional.

A Intersindical continuará nas ruas e irá radicalizar na defesa da democracia e contra esse processo golpista. “Nenhum governo ilegítimo vai conseguir impor à população essa farsa”, finaliza Eneida.

Fonte: SEEB Santos
Escrito por: Gustavo Mesquita

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