A Semana acontece de 24 de julho a 03 de agosto. Debate sobre a Naturalização da Exploração do Trabalho Doméstico e o Racismo Estrutural no Brasil dá início à 5ª semana Tereza de Benguela, na quinta-feira, 24, às 19h, no Sindicato
A Semana acontece de 24 de julho a 03 de agosto nas nove cidades da Baixada Santista e terá como tema central Rumo aos 10 anos da Marcha das Mulheres Negras: desafios da luta por reparação e bem viver para todes nós. Diversas mesas e rodas de conversa assuntos relacionados às lutas das mulheres das mulheres negras.
A V Semana Tereza de Benguela começa com o tema A naturalização da Exploração do Trabalho Doméstico e o Racismo estrutural no Brasil no debate que acontece na quinta-feira, 24, a partir das 19 horas, no Sindicato dos Bancários de Santos e região (Avenida Washington Luís, 140, canal três). Na mesa estarão Eliete Edwiges Barbosa, doutora em psicologia social e professora no curso Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (USP) e Eliete Ferreira da Silva, ativista popular sindical e do movimento negro interseccional, com a mediação de Eugênia Lisboa, mulher negra feminista e promotora legal popular.
Segundo a organização da Semana Tereza de Benguela, esta é uma discussão necessária e potente com mulheres negras que são referência na luta antirracista e feminista. Não por acaso o tema do trabalho doméstico exercido majoritariamente por mulheres negras inicia os debates da semana
Este é um dos eventos da V Semana Tereza de Benguela, que segue de 24 de julho a 03 de agosto, com o tema: Rumo aos 10 anos da Marcha Nacional das Mulheres Negras: desafios da luta por reparação e bem viver para todes nós.
Para participar basta se inscrever gratuitamente pelo link: bit.ly/semanaterezadebenguela2025
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Programação
24 de julho – quinta-feira – 19h – Santos/SP – Abertura da V Semana Tereza de Benguela da Baixada Santista*
Tema: “A Naturalização da Exploração do Trabalho Doméstico e o Racismo estrutural no Brasil”
Convidadas: Eliete Edwiges Barbosa e Eliete Ferreira da Silva
Mediadora: Eugenia Lisboa
Local: Sindicato dos Bancários de Santos e Região
Endereço: Avenida Washington Luís, 140, Encruzilhada – Santos/SP
25 de julho – sexta-feira – 19h – São Paulo
Marcha Mulheres Negras – Por reparação e Bem Viver São Paulo
Mote: Mulheres negras em marcha por reparação e bem viver e contra as violências do Estado!
Local de saída: Praça da República – República – São Paulo/SP
26 de julho – sábado – 19h – Guarujá/SP
Tema: “Por que marchamos? História, desafios e vitórias do movimento de mulheres negras contemporâneo no Brasil”
Convidadas: Dra. Eliane Almeida, Helen Helena, Luiza Nascimento e Mariana Vitoria Gomes dos Santos.
*Mediadora:*Ira De Andrade
Local: Egbé Akolo Aye Asè Eye Osun
Endereço: Avenida das Acácias, 522 (em frente do 509) – Santo Antônio – Guarujá/SP
27 de julho – domingo – 14h – Mongaguá/SP
Tema: Marchar é um jeito de aprender: educação popular e mobilização na construção da Marcha das Mulheres Negras de 2015
Convidadas: Patrícia Gleici , Luci Crispim Pinho Micaela
Mediadora: Mãe Irene
Intervenção Artística – Grupo de Capoeira Shekinah
Local: Quilombo Urbano Afroguarany Quilombace
Endereço: Avenida Governador Mário Covas, 9258 – Mongaguá/SP
28 de julho – segunda-feira – 18h – Itanhaém/SP
Tema: Cultura negra em todos os espaços: do terreiro à internet, da quebrada ao palco – a força da Lei 10.639/03 como política cultural e antirracista
Convidadas: Jaíra Potï , Luisa Paula
Mediadora: Cininha Oliveira
Local: Ponto de Cultura -Centro Cultural Ilê Ase Omin Yalode Olá
Endereço: Rua Um, 3996 – Jamaica – Interior, Itanhaém/SP
29 de julho – terça-feira – 18h – Peruíbe/SP
Tema: Racismo ambiental é racismo estrutural: mulheres negras na defesa dos territórios e do Bem Viver
Convidadas: Fabi Nascimento , Vitória Santos , Isis Santos
Mediadora: Marinalva dos Santos Matheus
Local: Biblioteca Municipal de Peruíbe
Endereço: Rua dos Pescadores, 131 – Centro – Peruíbe/SP
30 de julho- quarta-feira – 19h30 – São Vicente
Tema: Viver é transgredir: mulheres negras na luta pelo direito à vida
Convidadas: Carolina Iara e Mashawell
Mediadora: Viviane Santos Deodato.
Local: DAC Plataforma
Endereço: Rua Vereador Diego Pires de Campos, 121 – Vila Sao Jorge, São Vicente/SP
31 de agosto – quinta-feira – 19h – Santos/SP
Encontro Insubmissas Escritas de Mulheres Negras e Sarau para Tereza
“Oficina da escrita de si”, se inicia às 19h e o “Sarau das Terezas”, a partir das 20h30
Local: Vila do Teatro
Endereço: Praça dos Andradas, 35 – Centro, Santos/SP
01 de agosto – sexta-feira – 18h às 20h – Bertioga/SP
Tema: “Justiça para quem? Racismo institucional e o sistema de justiça na vida das mulheres negras”
Convidadas: Patrícia Souza Anastácio e Dina Alves
Mediadora: Lucimara Passos Souza
Intervenção Artística: Vilena Lacerda
Local: OAB Bertioga
Endereço: Avenida Anchieta, 141 – Centro, Bertioga/SP
02 de agosto – sábado – 14h às 17h – Cubatão/SP
Cine debate com documentário “Alzira Rufino – Eu Mulher Negra Resisto”
Sinopse: Homenagem à militante social e racial Alzira Rufino em formato de documentário em que reúne fragmentos de registros do arquivo imagético da casa da mulher negra, depoimentos, fotos e falas sobre a homenageada.
País: Brasil / Gênero: Documentário / Duração: 17min / Ano: 2025 / Direção: Gilson de Melo Barros / Elenco: Cibele Lacerda, Jair Moreira, Maria Alice Peres, Miriam Vieira e Urivani de Carvalho.
Local: Educafro Cubatão (UME Profº Dr. Luiz Pieruzzi Netto)
Endereço: Avenida Martins Fontes, 1241 – Vila Nova, Cubatão/SP
03 de agosto – domingo – 15h – Praia Grande/SP
Encerramento da V Semana Tereza de Benguela da Baixada Santista
Tema: Sementes, saberes e territórios: mulheres negras cultivando autonomia e soberania alimentar
Anfitriã: Iara da Graça
Local: Quitutando e conversando
Endereço: Rua dos Jacarandás, 75 – Jardim Samambaia, Praia Grande – SP
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SOBRE A SEMANA TEREZA DE BENGUELA
A Semana Tereza de Benguela da Baixada Santista é uma construção coletiva, iniciada em 2019, por mulheres negras militantes, intelectuais e ativistas culturais da região, bem como acadêmicas ligadas aos grupos de pesquisas institucionalmente reconhecidos como Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (FD-USP) e Reflexo de Palmares (Unifesp-Baixada Santista). Desde então, realizou cinco edições com programas, eixos temáticos, identidade visual, logos, atividades e textos de projeto amplamente documentados, voltados à visibilização e ao fortalecimento das lutas de mulheres negras, com base em interseccionalidade, feminismo negro e direitos humanos.
A primeira semana foi realizada de 22 a 26 de julho de 2019, com o tema: “Dos trabalhos das mulheres negras no mundo do trabalho”.
Em 25 de julho de 2020, em razão da pandemia da covid-19 realizamos o Levante Tereza de Benguela: Baixada Santista contra o Racismo e a Intolerância Religiosa”, na Praça do Aquário, para cobrar do poder municipal, a instalação da estátua de Iemanjá Negra.
Em 25 de julho de 2021, participamos do faixaço contra o racismo e o genocídio, proposto pela Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, com o tema: “Nem fome, nem tiro, nem covid. Parem de nos matar! Por nós, por todas nós, pelo bem viver!”
A segunda semana aconteceu de 24 a 30 de julho de 2022, com o tema: “Intelectuais Negras: as intérpretes do Brasil e de seus problemas concretos”.
A terceira semana aconteceu de 25 de julho a 01 de agosto de 2023 e teve como mote “Legado e Ancestralidade. Alzira Rufino – A Casa de Cultura da Mulher Negra – Quilombo Urbano Santista”.
A quarta semana aconteceu de 21 a 28 de julho de 2024 e teve como tema central de debate Um Chamado à Reflexão e Ação sobre Mulheres Negras na Política.
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SOBRE O 25 DE JULHO, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra
A data é um símbolo de resistência das mulheres negras. Foi instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.
No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro.
Quem foi Tereza de Benguela
Tereza de Benguela, a grande femeageada do Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, foi uma líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século XVIII.
Após a morte do marido, José Piolho, Tereza assumiu o comando do Quilombo Quariterê e o liderou por décadas. Ficou conhecida por sua visão vanguardista e estratégica.
Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.
SERVIÇO:
Evento: V Semana Tereza de Benguela da Baixada Santista
Data: 24 de julho a 03 de agosto de 2025
Local: nove cidades da Baixada Santista
Inscrições gratuitas pelo link https://bit.ly/semanaterezadebenguela2024
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Contato imprensa:
Jornalista: Cidinha Santos (13) 99761 3779 | MTb 62845/SP