Todas as mudanças que digam respeito aos empregados devem ser negociadas com o movimento sindical disseram os representantes dos bancários
Todas as mudanças naquilo que diga respeito aos empregados sejam debatidas com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE). Esta foi a principal cobrança feita pela representação dos trabalhadores à Caixa Econômica Federal, em reunião quinta-feira (27). O encontro foi sobre o Plano de Funções Gratificadas (PFG), sendo marcada por reivindicações da comissão sobre pautas ainda não resolvidas pela Caixa.
Logo na abertura, a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, fez críticas à postura do banco em divulgar mudanças que impactam o trabalho dos empregados sem discussão com a comissão. “Mesa de negociação não é informe. O propósito é debater e construir coletivamente os assuntos que afetam os empregados”, ressaltou.
PFG é excludente
Durante a discussão sobre o Plano de Funções Gratificadas (PFG), o banco ouviu as recomendações dos sindicalistas. Para o movimento sindical, a Caixa precisa debater o PFG integralmente e tornar a rede mais atrativa para os empregados, com funções que valorizem as características individuais de cada um. Uma das possibilidades é a carreira em Y, cujo objetivo é permitir que o empregado cresça na empresa também em papéis técnicos e não apenas de gestão.
“O PFG, hoje, é excludente. Nossa empresa tem diversidades e tudo gira em torno de perfil padrão. Temos pessoas com deficiência, neurodivergentes e outras com habilidades específicas que deveriam ser valorizadas. Mas infelizmente ficam na dependência de um gestor mais humano que enxergue o potencial dos empregados em toda sua diversidade para que tenham oportunidade de ascensão”, observou a coordenadora Fabiana.
Qualificar os gestores
Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, o encarreiramento do banco não oferece oportunidades de reconhecimento para profissionais técnicos bancários, por exemplo.
Corrigir distorções
Os sindicalistas também afirmaram que é necessário corrigir algumas distorções do PFG que existem hoje, a exemplo do Gerente de Varejo, onde o empregado tem muitas atribuições, inclusive carteira, e não recebe como um gerente de carteira. Os gerentes corporativos (GCN2) não recebem pelo porte de unidade, enquanto os superintendentes da mesma área fazem jus à verba. Eles fazem o relacionamento com cliente da mesma forma que os empregados da rede física e percebem discriminação de tratamento. Entre muitas outras inconformidades que devem ser revisadas, disseram os representantes dos empregados.