Movimento sindical bancário cobra resoluções sobre defasagens nas remunerações e no modelo de plano de funções, para eliminar distorções salariais e garantir melhores condições de trabalho
A notícia divulgada pelo portal Uol de que “BB quer aumentar salário da Presidente para R$ 117 mil; 57% de reajuste”, repercutiu negativamente entre as trabalhadoras e trabalhadores do Banco do Brasil.
“Nós solicitamos uma reunião para que o banco apresente respostas aos nossos pedidos sobre Plano de Cargos e Remuneração e os Planos de Funções”, destacou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
A ampliação de salários nos altos cargos surpreendeu os funcionários e sindicalistas. “O Sindicato dos Bancários de Santos e Região, assim como os representantes dos funcionários, lutam pelo fim da pressão por metas, fim do programa Performa, melhoria no PCS e o banco não dá respostas efetivas”, lembra Eneida Koury, dirigente sindical e bancária do BB.
Os trabalhadores também pedem soluções para as carreiras dos caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviços, entre outras pautas que estão pendentes por parte do banco.
Papel do BB como banco público
Nos últimos anos, o BB vem batendo uma série de recordes históricos de lucro. E, o valor alcançado no final de 2023, foi um dos argumentos apontados para o pedido de reajuste para a Assembleia Geral de Acionistas, que atingiria não apenas a presidência do BB, mas todo o Conselho Diretor do Banco.
“O BB não pode ter como objetivo o mercado e focar em pagar dividendos aos acionistas, mas sim ter um papel público no desenvolvimento do Brasil. O banco está deixando de assistir programas sociais às famílias de baixa renda, os pequenos e médios agricultores e ser financiador do desenvolvimento do país, para se destinar a atender apenas interesses de acionistas, pagar dividendos, obter lucros assediando os funcionários para cumprir metas e apresentarem resultados. O lucro sempre é saudável, mas a que custo?” Finaliza Eneida.