Essa reestruturação pode ser o laboratório para ampliar a jornada de trabalho para todos funcionário de seis horas
Os sindicatos exigem da direção do Banco do Brasil, a suspensão imediata da reestruturação iniciada pelo banco dentro do chamado Movimento de Aceleração Digital (MAD.
O programa foi lançado dia 03 de outubro, sem qualquer diálogo prévio com o movimento sindical, e prevê, entre outras medidas, a ampliação da jornada de trabalho de seis para oito horas para 25% dos cargos de assessoramento (assessores I, II e III) em áreas estratégicas.
O movimento sindical reivindica que o Banco do Brasil não inicie a reestruturação e denuncia o clima de insegurança que tomou conta do funcionalismo. Segundo os dirigentes sindicais, essas mudanças podem ser o início para, em breve, atingir outras áreas, colocando em risco a manutenção dos cargos de seis horas, uma conquista histórica da categoria.
Rápido e sem transparência
“Todos se surpreenderam com a rapidez e falta de transparência da diretoria do BB em implantar o aumento da carga horária. Eles afirmaram que pouco mais de 100 funcionários foram afetados, mas não apresentou números detalhados. Mas isso também não interessa, ninguém tem que ser afetado”, diz André Elias, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do BB.
Reestruturação disfarçada
Embora o banco sustente que o novo modelo atinge apenas unidades estratégicas e não a rede operacional — como agências, PSOs e caixas —, a CEBB alerta que o MAD representa uma nova reestruturação, com potencial de se expandir.
Segundo informações do próprio BB, a maior parte do funcionalismo impactado está em Brasília, com menor concentração em São Paulo e casos pontuais no Rio de Janeiro.
Na contramão da história
A ampliação da jornada ocorre justamente num momento em que a sociedade e o movimento sindical lutam pela redução da jornada de trabalho e por melhor qualidade de vida.