No último ano da gestão, alta foi de 2,9%, quase toda devido ao setor de serviços. Agropecuária caiu
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,9% em 2022, com alta puxada principalmente pelos serviços (4,2%). O resultado veio dentro do previsto. A indústria avançou 1,6%, enquanto a agropecuária caiu 1,7% (-11,4% no caso da soja). Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (2) pelo IBGE. Assim, o PIB somou R$ 9,9 trilhões.
“Desses 2,9% de crescimento em 2022, os serviços foram responsáveis por 2,4 pontos percentuais. Além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cresceu, o que demonstra como foi alta a sua contribuição na economia no ano”, afirma a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Assim, o governo anterior teve PIB de 1,2% em 2019, -3,3% em 2020, 5% em 2021 e 2,9% em 2022. Na média, em torno de 1,4% por ano. Marcada também pela pandemia, que negligenciou, a gestão Bolsonaro na economia ficou abaixo dos antecessores: 2,5% em média no primeiro governo FHC, 4,6% ao ano no primeiro governo Lula e 2,4% nos primeiros quatro anos de Dilma Rousseff.
Os resultados de 2022 mostram crescimento concentrado em serviços e perda de fôlego ao longo do ano. Um dos efeitos dos juros sobre a economia, que deverá continuar enfrentando dificuldades.
De acordo com o instituto, a taxa de investimento correspondeu a 18,8% do PIB, praticamente no mesmo nível de 2021 (18,9%). Já a taxa de poupança passou de 17,4% para 15,9%.
Indicador de investimento, a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 0,9% em 2022. Já o consumo das famílias aumentou 4,3% e o governo, 1,5%. Enquanto as exportações cresceram 5,5%, as importações subiram 0,8%.