No programa ‘Café com Rial’, presidente do Santander exigiu de bancários das agências a obtenção em curto prazo da certificação, o que vai contra o que determina resolução do Banco Central
O programa “Café com Rial”, videoconferência do presidente Sérgio Rial com funcionários de toda a rede de agências do Santander, desceu amargo e indigesto para muitos trabalhadores do banco espanhol. Em tom de ameaça (aos empregos), ele exigiu de bancários que mudaram de função a obtenção em curto prazo da certificação CPA-10 (primeiramente, o banco deu como limite até março, depois estendido até o fim de maio).
Entretanto, o Banco Central, segundo a Resolução nº 3.158, determina que os bancos devem assegurar o prazo de 1 ano, tanto dos contratados quanto dos que mudaram de função, para que o empregado possa regularizar a sua certificação adequada. A norma está em vigor desde dezembro de 2003, e o prazo, previsto nos artigos 2º e 3º.
O movimento sindical exigiu, em negociação com a alta direção do banco, que seja respeitado e cumprido o prazo de um ano para os bancários obterem a certificação, segundo a resolução do Banco Central.
Sérgio Rial é um homem rico e aposentado aos 58 anos por tempo de contribuição. Por meio do esforço dos bancários e do adoecimento de muitos trabalhadores, recebe bônus milionários todos os anos. E agora, além de parte da direção do banco Santander apoiar a proposta de reforma que privatiza a aposentadoria dos trabalhadores, vem ele ameaçar cortar empregos de quem não obtiver o CPA-10 até maio?
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Fonte: SEEB SP