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Sem privatização, Banco do Brasil parte para plano B

27 de janeiro de 2020

Se mudanças forem aprovadas, Banco do Brasil poderá reduzir o número de funcionários mais rapidamente por meio de iniciativas como programas de indenização voluntária

O Banco do Brasil planeja uma série de iniciativas para competir com rivais privados, depois que o presidente Jair Bolsonaro descartou, em parte por acreditar que enfrentaria oposição, planos de privatizar a instituição, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com o assunto. As informações são da Reuters e investing.com.

 

O plano inclui alterar as regras de emprego para facilitar a contratação e demissão de funcionários do banco e remover algumas restrições salariais, manter dividendos em patamares elevados a partir da venda de ativos e fechar parcerias com fintechs e outras startups, disseram essas pessoas, que se recusaram a ser identificadas porque o plano ainda não é público.

 

As iniciativas foram aprovadas pelo conselho de administração do banco, disseram duas das fontes. O jornal Valor Econômico divulgou na quinta-feira, 23, o plano do banco de formar joint ventures com fintechs, mas os outros detalhes não foram divulgados anteriormente.

 

Alguns pontos do plano ainda dependem de aprovações do governo para avançar e podem ser de difícil aprovação política, além de enfrentar resistência dos quase 94 mil empregados do Banco do Brasil, como é o caso das mudanças salariais e nas regras de demissão.

 

As fontes disseram que as conversas com o Ministério da Economia sobre regras de emprego começaram no ano passado e que qualquer mudança provavelmente se aplicaria a outras empresas controladas pelo Estado. No entanto, o resultado dessas discussões permanece incerto.

 

O Banco do Brasil se recusou a comentar o assunto. O Ministério da Economia negou que mudanças na forma como as empresas estatais contratam e demitem estejam em discussões. Mas duas fontes do ministério disseram à reportagem que as conversas estão acontecendo na secretaria especial de Desestatização, comandada por Salim Mattar. Uma dessas fontes acrescentou que as discussões são preliminares.

 

Logo após assumir a presidência, o governo Bolsonaro instalou uma nova administração no Banco do Brasil, o segundo maior banco do país em ativos, com um valor de mercado de 146 bilhões de reais, e começou uma série de desinvestimentos. Hélio Magalhães, que anteriormente chefiava o Citigroup e a American Express no Brasil, foi nomeado presidente do conselho. O economista Rubem Novaes assumiu a presidência-executiva.

 

A administração do banco defendeu publica e privadamente, e também por meio do Ministério da Economia, que o governo precisava deixar sua posição de controlador no banco para permitir que ele competisse com rivais como o Itaú, Bradesco e Santander.

 

Bolsonaro, no entanto, rejeitou a ideia, em parte por acreditar que enfrentaria oposição de membros do Congresso cujos integrantes representam áreas que dependem fortemente da instituição, disse uma das fontes. O Banco do Brasil é o maior banco do país em crédito rural e muitas vezes é dono da única agência de cidades pequenas. Bolsonaro não se pronunciou imediatamente sobre o assunto. Em dezembro, disse a jornalistas que as discussões sobre a privatização do banco eram um assunto encerrado.

 

Plano B

As novas propostas funcionam como uma espécie de plano B da instituição.

 

Um dos pilares principais do plano é mudar a maneira como o banco contrata e demite funcionários e também ganhar mais flexibilidade no quanto é capaz de pagar aos funcionários, disseram as quatro fontes. Dependendo da posição estratégica, o banco deseja pagar salários mais altos para atrair e reter talentos sem precisar pedir permissão ao Ministério da Economia, disseram as fontes.

 

Enquanto defendia a privatização, Novaes disse recentemente que o banco perdeu 50 executivos importantes para os concorrentes em 2019 em parte porque eles não podiam pagar essas pessoas tanto quanto o setor privado pagava.

 

Se o governo aprovar a mudança, também permitirá que o Banco do Brasil reduza o número de funcionários mais rapidamente por meio de iniciativas como programas de indenização voluntária.

 

As reformas da força de trabalho, no entanto, provavelmente enfrentarão resistência dos funcionários. Em uma página privada do Facebook para funcionários chamada “BB Funcis Realistas”, vista pela Reuters, alguns funcionários se queixaram dos esforços de privatização de Novaes e pediram sua renúncia por se preocupar com suas implicações disso.

 

Fonte: investing.com e Reuters

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