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SEEB de Santos e Região repudia violência do Santander em protesto contra a terceirização em SP

SEEB/SP

22 de agosto de 2024

O Santander apelou para a violência durante protesto pacífico de bancários para denunciar a terceirização praticada no setor bancário. Durante a atividade no Radar Santander, o banco espanhol recorreu à Polícia Militar, que agiu com extrema brutalidade contra os trabalhadores.

O caso correu durante o Dia Nacional de Luta contra a terceirização, na manhã desta quinta-feira 22 de agosto de 2024.  A atividade integra a Campanha Nacional dos Bancários 2024 (campanha salarial dos bancários) para cobrar dos bancos, além do fim da intermediação de mão de obra, a apresentação de uma proposta decente na mesa com a Fenaban, a preservação dos empregos bancários, melhores condições de trabalho e o fim do adoecimento causado pela imposição de metas abusivas.

“Estamos desde as primeiras horas da manhã em um movimento pacífico de diálogo com os trabalhadores, e o Santander acionou a Polícia Militar (PM), que chegou com extrema truculência e agressividade, agredindo fisicamente as pessoas. Neste momento tem pessoas machucadas que precisaram recorrer ao ambulatório”, relata Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato, que estava no local durante os atos de violência.

A violência policial resultou em trabalhadores agredidos, inclusive mulheres. Enquanto isso, o banco espanhol não enviou nenhum representante para intermediar o conflito.

“A direção do Santander foi covarde. O banco é o principal responsável por essa atitude horrorosa de agressividade e truculência, que nós nunca tínhamos visto aqui. A polícia agiu de forma muito violenta e o banco, na sua omissão, contribuiu para que trabalhadores fossem machucados. O Santander terá uma reposta à altura. Não vamos recuar, Santander.”

Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancária do Santander

“Em nome da diretoria do Sindicato de Santos e Região, prestamos toda a solidariedade aos colegas de São Paulo e repudiamos a brutalidade da PM, respaldada pela direção do Santander, que atacou com cassetetes e arma de eletrochoque homens e mulheres numa manifestação pacífica, na porta do Radar Santander”, afirma Fabiano Couto, dirigente sindical e bancário do Santander.

Bancos não apresentam proposta decente

Em todo o país, as atividades consistiram no retardo da abertura de agências e centros administrativos a fim de dialogar com os trabalhadores e a sociedade sobre as reivindicações dos trabalhadores, e expor a intransigência dos bancos que, apesar dos lucros bilionários, se recusam a apresentar uma proposta decente na mesa de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos bancários.

Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, as atividades se concentraram no Radar Santander, onde ocorreram os episódios de violência, e no Geração Digital, ambos centros administrativos do Santander.  Isto porque o banco espanhol vem promovendo um intenso processo de terceirização de trabalhadores, por meio da fraude na contratação.

“Fizemos um ato pacífico durante a Campanha Nacional Unificada e, em mais uma atitude desrespeitosa, os trabalhadores são recebidos com gás de pimenta, choque e cassetete. É essa a postura de negociação que o banco vai adotar no Brasil?”

Fraude na contratação

O Santander está transferindo seus funcionários para outras empresas do mesmo conglomerado, cada uma com um CNPJ diferente e vinculada a um sindicato distinto. É uma forma encontrada pelo banco para fragmentar seus trabalhadores – enfraquecendo a representação sindical – e reduzir direitos e remuneração.

O Santander está promovendo este processo desde o segundo semestre de 2021. E utiliza, para isto, empresas criadas para este fim, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e SX Tools.

Além do Santander, o Itaú também vem terceirizando setores inteiros, como a Central de Gerentes, Central PJ, Gerência de Atendimento ao Cliente, SAC, Pool de Qualidade das Agências Digitais Personnalité, CHAT.

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O SEEB Santos e Região foi fundado em 11/01/1933. As cidades da base são: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá e Bertioga. O Sindicato é filiado à Intersindical e a Federação Sindical Mundial (FSM).

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