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Secretário dos EUA que confirmou tarifaço para 1º de agosto teve lucro bilionário com medida

A high angle closeup shot of a dollar bill

28 de julho de 2025

O governo dos Estados Unidos confirmou neste domingo (27/07) a manutenção do prazo de 1º de agosto para a imposição de novas tarifas a seus parceiros comerciais, incluindo o Brasil. A declaração foi feita pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, em entrevista à Fox News, e divulgada pelo perfil oficial da Casa Branca.

“Não haverá prorrogação nem mais períodos de carência. Em 1º de agosto as tarifas serão fixadas. Entrarão em vigor. As alfândegas começarão a arrecadar o dinheiro”, declarou o secretário à Fox News.

Howard Lutnick mantém o controle da corretora BGC Partners, mesmo no cargo de secretário de Comércio dos Estados Unidos. A empresa é uma das três que participaram, na manhã de 9 de julho, de um movimento incomum no mercado de contratos futuros de dólar. Em apenas 75 minutos, entre 11h30 e 12h45, nove negociações somaram mais de R$ 6,6 bilhões, quase 10% do total do dia.  O anúncio do tarifaço contra o Brasil foi feito por Donald Trump às 16h17.

Por causa dessa movimentação atípica, denunciada com exclusividade pelo ICL Notícias, em reportagem de Cleber Lourenço e Deborah Magagna, a corretora de Lutnick passou a ser investigada pelo Supremo Tribunal Federal, juntamente com BTG Pactual e Tullet Prebon, que fizeram operações semelhantes.

Essas apostas em um dia de baixa liquidez tiveram impacto imediato. Para a Advocacia-Geral da União, isso pode significar que alguém já sabia das tarifas antes do anúncio. A investigação quer descobrir quem se beneficiou.

“O que chama atenção, neste caso, é o contexto. Uma sequência de ordens concentradas, envolvendo o mesmo participante em ambos os lados da operação, antes de um anúncio que impactou o dólar. Isso, por si só, não configura irregularidade, mas justifica um olhar mais atento”, explica a economista Deborah Magagna.

O Supremo Tribunal Federal quer saber se as operações foram apenas apostas arriscadas ou se alguém já sabia do que ia acontecer, o que configuraria insider trading (informação privilegiada).

Por causa da denúncia do ICL Notícias, parlamentares governistas anunciaram que, no retorno do recesso legislativo, vão iniciar a coleta de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). A proposta tem como objetivo investigar a origem das transações, identificar possíveis crimes financeiros e apurar o envolvimento de agentes políticos e econômicos ligados ao bolsonarismo e ao governo Donald Trump.

Na entrevista, Lutnick disse  que Donald Trump manterá as portas abertas para acordos.

Nova base legal para a tarifa contra o Brasil

O governo Trump está elaborando uma nova declaração de emergência para justificar a tarifa de 50% anunciada para o Brasil. A medida, ainda não definitiva, é necessária porque a balança comercial dos EUA com o Brasil é superavitária para os americanos, o que difere da situação dos demais países que sofreram sobretaxas, onde os EUA registravam déficits comerciais.

A potencial taxa de 50%, com previsão de entrada em vigor em 1º de agosto, é alegada por Trump, entre outros argumentos, como uma resposta a uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família pelo governo brasileiro. A carta enviada ao Brasil com a ameaça tarifária também menciona “censura a redes sociais dos EUA”.

Paralelamente, Washington abriu uma investigação contra o Brasil por supostas práticas desleais, citando a censura a “big techs” e o impacto do Pix, além de preocupações com o mercado popular da Rua 25 de Março e o mercado de etanol.

Senadores democratas criticam

As tarifas recíprocas originais de Trump, impostas sob o ato de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, basearam-se em déficits comerciais “grandes e persistentes”. No entanto, o Brasil se destaca como exceção entre os países com superávits comerciais em bens com os Estados Unidos que foram afetados.

Um grupo de senadores democratas, incluindo Jeanne Shaheen e Tim Kaine, escreveu ao governo Trump no início desta semana para expressar “preocupações significativas sobre o claro abuso de poder inerente à sua recente ameaça de lançar uma guerra comercial com o Brasil” para apoiar Bolsonaro. Eles alertaram que “interferir no sistema jurídico de outra nação soberana cria um precedente perigoso, provoca uma guerra comercial desnecessária e coloca os cidadãos e as empresas americanas em risco de retaliação”.

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