Plano de saúde é uma das maiores conquistas dos trabalhadores da Caixa, mas precisa melhorar rede de atendimento e banco rever teto de gastos com a saúde de seus empregados
As empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal serão chamados a dizer quais são os problemas do Saúde Caixa, o plano de saúde do pessoal da Caixa. A iniciativa é da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), e de diversas outras entidades de representação sindical e associativas dos trabalhadores.
“Há algum tempo, nós do movimento sindical, cobramos melhorias na rede de atendimento e a queda do teto de gastos do banco com a saúde de suas empregadas e seus empregados. Na verdade, estas cobranças não são do movimento sindical. É do próprio pessoal da Caixa, que sofre no dia a dia com a falta de médicos de diversas especialidades. Mas, parece que o banco não entende que a demanda vem da base”, disse o diretor da Contraf e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.
“Por isso, vamos fazer um chamado às empregadas e empregados, para que eles acessem a Central Saúde Caixa e registrem lá suas reclamações. Aí, não terá como o banco se fazer de desentendido, pois precisará ver e responder a cada reclamação”, completou.
Derruba o teto
Além da melhoria na rede de atendimento, o teto de custeio da Caixa com a saúde de seus empregados, estabelecido no estatuto da Caixa em até 6,5% da folha de pagamentos, impede que o banco arque com os 70% dos custos do plano de saúde, conforme definido no Acordo Coletivo específico. Os empregados têm arcado com quase 50% dos custos do plano.
“Isso tem inviabilizado a permanência de muitos empregados no plano, principalmente aposentados. A redução de participantes, somada ao aumento dos custos médicos (sempre em alta), faz com que a receita caia e aumente os custos individuais, levando a nova queda de participantes. Assim, se este círculo vicioso não for cessado, logo o Saúde Caixa será inviável para todos”, disse a empregada da Caixa e secretária de Formação da Contraf, Eliana Brasil.
A orientação dos sindicatos é para que os empregados acessem o site da Central de Atendimento do Saúde Caixa e registre as reclamações diretamente.