Banco teve aumento de lucro em 26,7% em relação ao 4º trimestre de 2022. “Tudo por conta das ameaças aos funcionários para cumprir metas impossíveis, precarização do ambiente de trabalho, por falta de infraestrutura; terceirizações e demissões, que continuam a sobrecarregar os bancários que sobraram no banco espanhol”, explica Fabiano Couto, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região
O Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) de R$ 2,140 bilhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com números publicados nesta terça-feira (25/04). Em comparação com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 26,7%. O número ficou acima das previsões do consenso Refinitiv de R$ 1,83 bilhão.
O banco informou que o resultado bruto de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 11 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 49,4% no trimestre e 138,5% no ano, “incrementado por um reforço de balanço de 4,2 bilhões realizado no trimestre”.
Líquido desse efeito, o resultado de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 6,765 bilhões no 1T23, queda de 8,1% no trimestre e alta de 46,7% no ano, principalmente por conta do segmento pessoa física, dado o crescimento da carteira e mix. As receitas de recuperação de créditos baixados para prejuízo aumentaram 35,0% no trimestre e 26,2% no ano, atingindo R$ 934 milhões.
“A PDD (provisão para inadimplência) e o aumento do custo de crédito se mostram compatíveis com o momento, estando ainda pressionados por safras antigas”, afirmou o Santander Brasil no balanço.
A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,145 bilhões, baixa de 5,7% em um ano. Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,315 bilhões, crescimento de 3,3% no comparativo anual, e de 3,9% em três meses.
Nesta linha, estão contabilizados os resultados com operações de crédito. O crescimento foi inferior ao da carteira ampliada, que atingiu R$ 586,353 bilhões, em uma alta de 12,3%, o que indica uma contração nas margens.
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O Santander Brasil teve uma evolução de quase 24% na comparação com o final do ano passado.
O Santander Brasil encerrou março deste ano com R$ 1,048 trilhão em ativos totais, número que representa alta 9,3% em um ano. No comparativo com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 0,1%.
O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 4,7% em um ano, para R$ 81,445 bilhões, de acordo com o banco.
“O Santander Brasil é a instituição do conglomerado financeiro espanhol que mais dá lucro no mundo, ou seja, os bancários brasileiros são os que mais trabalham e deveriam ser valorizados ao invés de sobrecarregados, tarifados em suas contas correntes, ameaçados com demissão diariamente para cumprir metas inatingíveis, terceirizados com direitos e salários menores e demitidos. É desumano o tratamento dispensado aos trabalhadores no país”, indigna-se Fabiano Couto secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.