A retirada das portas giratórias aumenta a insegurança para funcionários e clientes em São Vicente e Praia Grande, no litoral paulista
O banco Santander retirou as portas giratórias em São Vicente e já prepara a retirada da agência/Praia Grande, no Boqueirão. Em São Vicente, mesmo com a Lei nº 2861-A, de 2012, para colocação dos equipamentos de segurança, o banco espanhol obteve autorização da polícia federal (PF), encarregada de fiscalizar da segurança dentro das agências. A redução de vigilantes também contribui para golpes e assaltos, tudo para aumentar os lucros já bilionários.
“O banco espanhol simplesmente está instalando o pânico dentro do ambiente de trabalho e o Sindicato vai tomar providências”, relata Fabiano Couto, funcionário do Santander e secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região
Em Praia Grande, a próxima vítima da insegurança, não será diferente, pois o município também tem a Lei Nº 1414 DE 29 de outubro de 2008, que dispõe sobre a obrigação de uso e adequação de portas giratórias e detector de metais para acesso ao interior de bancos e demais instituições financeiras sediados no município da estância balneária de Praia Grande e dá outras providências.
Na agência do Boqueirão de Praia Grande já haviam retirado as portas, em 2019, mas depois da pressão do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e como houve um assalto logo em seguida recolocaram. De lá para cá nada mudou, muito pelo contrário, os assaltos estão em alta com arrastões em lojas, supermercados e no comércio em geral.
“O Sindicato notificou as prefeituras para que fiscalizem ou deem alguma resposta sobre o assunto. Pedimos que os colegas bancários denunciem as retiradas pelo nossos canais de comunicação e redes sociais”, alerta Fabiano.
Em 2011, vereadores de São Vicente tentaram aprovar projeto, Sindicato travou
Em março de 2011, a Câmara municipal de São Vicente tentou retirar as portas, mas o Sindicato se mobilizou e fez manifestações que culminaram na retirada do projeto e foi ratificado pelo Prefeito Tércio Garcia, com apoio do deputado federal Márcio França, na época.
Agências inseguras podem servir de cenário para golpes, como aconteceu em Cubatão/SP
Por exemplo, na agência do Santander, Cubatão Centro, a funcionária de uma empresa cliente foi abordada na rua por um criminoso que se dizia caixa do banco e iria trocar dinheiro para a empresa dela. Assim que eles entraram na unidade, o golpista pegou o dinheiro e começou a circular pelos dois andares, que tem apenas um vigilante para tomar conta de todo o prédio e não tem portas giratórias e fugiu por outra porta tranquilamente.
“Isso está demonstrando que unidades sem a quantidade adequada de vigilantes e portas giratórias estão servindo de cenário para golpes”, analisa Fabiano Couto.
“Estamos sem segurança. Está super inseguro é complicado trabalhar com numerário nesta situação”, afirma Marcela Cruz, dirigente sindical e funcionária do banco.
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Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região