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Santander recusa no MPT negociação prévia sobre critérios para demissões

18 de janeiro de 2013

O Santander pretende continuar demitindo pais e mães de família em 2013. Em nova e ampliada audiência de mediação realizada nesta quinta-feira (17), no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, o banco recusou a proposta do movimento sindical de reintegração dos demitidos em dezembro de 2012 e de negociação prévia para futuras demissões. 


** O Sindicato esteve presente na mediação representado pelo Secretário Geral Adjunto, Pedro Castro Júnior, além de diversos representantes dos trabalhadores de todo país.



Sem negociação prévia

Foi proposto o estabelecimento de uma cláusula sobre redução de quadros com demissões coletivas, diante do compromisso firmado pelo banco na ata da mediação anterior, ocorrida no último dia 9, de que “não há nenhum plano de redução de quadros, com dispensa coletiva” e que “o seu turn over encontra-se dentro da média do segmento financeiro”. Pela proposta apresentada, o banco convocaria o movimento sindical para discussão de critérios quando esta ultrapasse a média do setor bancário.

No entanto, conforme registro em ata na mediação desta quinta, “o banco recusou a proposta de discutir previamente quaisquer demissões, bem como a proposta de reintegração. Reafirmou, ainda, que não efetuou demissão coletiva em dezembro e que não pretende iniciar processo de demissão coletiva”.

Lá e aqui

Mais uma vez o Santander  trata com descaso os trabalhadores, a exemplo do que ocorreu no dia anterior na audiência de mediação em conjunto com o Itaú no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), também em Brasília. 

Representantes dos trabalhadores informaram ao MPT que na terça-feira (15) o banco assinou um acordo de emprego no processo de fusão do Banesto com as entidades sindicais espanholas, em Madri. Os representantes do banco alegaram que “são realidades diferentes”.

A diferença está no tratamento do banco aos trabalhadores. Na Espanha, em crise financeira, o Santander fecha acordo, garantindo mecanismos de informação, diálogo e respeito aos direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas. 

No Brasil, onde sai 26% do lucro mundial, o banco demitiu em massa antes do Natal, pratica rotatividade, age sem transparência e rechaçou negociação prévia sobre demissões”. A diferença é que o banco trata os trabalhadores brasileiros como se eles fossem de segunda categoria, o que é inaceitável. 

Dúvidas

Os representantes do Santander reclamaram do levantamento do Dieese sobre rotatividade, feito a partir dos dados do Caged de 2011 e 2012 (exceto dezembro), conforme números fornecidos pelo banco para o movimento sindical após determinação da procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro. Eles disseram que não foram consideradas 11 mil transferências entre agências ocorridas no ano passado, o que no entanto não havia sido informado pelo banco.

Os dirigentes sindicais explicaram também que o banco tinha enviado os dados sem informar os tipos de desligamentos e que o pedido de informações remetido na última sexta-feira (11) ainda não havia sido respondido, sendo que essa questão é um dos esclarecimentos solicitados em conjunto com o Dieese. 

O banco disse que ainda tinha prazo para responder, mas adiantou que várias dúvidas não serão elucidadas, revelando assim que não zela pela transparência e pelo direito à informação dos bancários e da sociedade.

A procuradora do MPT determinou que o banco remeta detalhadamente por cada base sindical, até o meio-dia da próxima segunda-feira (21), os números de desligamentos sem justa causa, pedidos de demissão e aposentadoria ocorridos entre janeiro e dezembro de 2012. Dirigentes sindicais solicitaram que fosse registrado em ata que a forma de envio dos dados não garantirá a exatidão das informações – o que somente se dará com a entrega do Caged aberto.

No mesmo prazo, o banco também deverá enviar os dados do Caged de dezembro do ano passado, com o total de admitidos e desligados. 

Com o acesso às informações, espera-se obter novos dados que permitem esclarecer o processo de demissões e reforçar a luta pela reintegração dos demitidos e pela construção de mecanismos de combate à rotatividade, um problema que só existe no Brasil e que arrebenta com o emprego e a dignidade dos trabalhadores.

Nova mediação dia 23

Nova e ampliada audiência de mediação, aberta à participação de sindicatos e federações, foi marcada pelo MPT para a próxima quarta-feira (23), às 17h, em Brasília.

O movimento sindical quer discutir a questão do emprego para que os bancários tenham condições dignas de trabalho sem o fantasma das demissões. Não queremos mais demissões!

Fonte: Com informações da Contraf

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