Reportagem do JB confirma o que o Movimento Sindical denuncia há muito tempo: banco cobra mais dos clientes e exige mais dos trabalhadores brasileiros.
O Jornal do Brasil publicou neste final de semana uma reportagem (reproduzida aqui) informando que o banco Santander cobra tarifas e juros até 20 vezes maiores dos clientes brasileiros, se comparado aos clientes espanhóis.
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Há tempos o Movimento Sindical denuncia que o banco espanhol explora os brasileiros, tanto os clientes quanto os funcionários do banco.
O banco lucrou R$ 9,953 bilhões, em 2017 no Brasil, o que representa 26% do seu lucro global e coloca o Brasil como o que mais contribuiu para o lucro mundial do banco espanhol. O sistema financeiro brasileiro permite que os bancos mantenham um spread altíssimo. É um sistema que lhes possibilita, com crise ou sem crise econômica, obter altos lucros. É inadmissível que os bancos ganhem tanto dinheiro e não tenham nenhuma responsabilidade com o desenvolvimento socioeconômico do país. O spread bancário é a diferença entre o quanto o banco paga pelos recursos que arrecada e o quanto ele cobra de seus clientes.
# Santander é concessão pública, mas discrimina usuários!
A irresponsabilidade social do banco é ainda maior se compararmos a entre a dívida bruta do setor público brasileiro e a espanhola. Os números mostram que o estado espanhol tem uma relação de endividamento/PIB, 30% maior que a do brasileiro e, nem por isso, as empresas espanholas e cidadãos pagam taxas de usura que se praticam no Brasil, principal inibidor do crescimento e do desenvolvimento da economia brasileira. Ao contrário, os ganhos dos bancos refletem o aumento da miséria do país que virou “paraíso dos rentistas”.
A diferenciação continua também no tratamento dado aos funcionários. A matriz do Banco na Espanha reconhece o Comitê Europeu de trabalhadores do Banco Santander, mas não faz o mesmo com a rede de trabalhadores nas Américas e nem concebe a formação de uma rede mundial dos trabalhadores, que reivindica a assinatura de um Acordo Marco Global, onde se estabeleceriam padrões de igualdade de tratamento a todos os trabalhadores da empresa no mundo.
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Fonte: Contraf