Lucro é fruto de fechamento de agências, demissões, acúmulo de serviços, terceirizações para diminuir direitos, metas impossíveis etc.
O Santander Brasil divulgou nesta quarta-feira (30) um lucro líquido de R$ 3,86 bilhões para o primeiro trimestre, um crescimento de 27,8% em relação ao desempenho de um ano antes, e acima das expectativas de mercado.
“Tudo graças ao empenho de seus funcionários, que acumulam funções, sofrem com metas impossíveis, fechamento de agências, demissões e contratações sem os mesmos direitos dos bancários por empresas do holding, conforme sentenças da justiça de São Paulo”, avaliam diretores do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Terceirizando para diminuir direitos
Desde 2021, o Santander Brasil vem transferindo bancários para outras empresas do conglomerado, como a F1RST, SX Tools, Prospera, SX Negócios entre outras. Todas com CNPJs diferentes. Com isto, o banco está fragmentando a categoria bancária e excluindo esses trabalhadores dos acordos coletivos e direitos conquistados.
Desta forma, esses trabalhadores deixam de ser abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) bancária, que garante uma série de direitos como PLR, VA e VR de mais de R$ 1.900 somados, auxílio-creche/babá de R$ 659,67 e dezenas de outros.
No 1º trimestre: bruto de R$ 15,9 bilhões
O banco encerrou o primeiro trimestre com uma margem financeira bruta de R$ 15,9 bilhões, um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior.
Fechou 299 agências
O número de agências — chamadas de lojas pelo banco — caiu em 299, para 1.126, e o número de funcionários encerrou março com 55.303.