Reunião com a comissão de empregados será realizada nesta segunda-feira (17); banco havia cancelado negociação marcada anteriormente para o dia 24 de maio passado
A Caixa Econômica Federal vai retomar, na segunda-feira (17), as negociações sobre a concessão do direito à redução da jornada para PcD, pais, mães ou responsáveis por pessoas com deficiência ou transtorno do espectro autista (PcD/TEA). A última reunião, que havia sido marcada para o dia 24 de maio foi cancelada pelo banco na véspera da data. A representação das empregadas e empregados cobra a concessão deste direito há mais de um ano.
Nas últimas reuniões sobre o assunto, ocorridas nos dias 16 de maio e 9 de abril, o banco havia apresentado propostas que, além de não atenderem o que vem sendo concedido pela Justiça, inclusive com jurisprudência favorável à reivindicação dos trabalhadores, misturava empregados com deficiência, com aqueles que são pais/mães, ou responsáveis pelos cuidados de pessoas com deficiência, e com os demais empregados da Caixa.
Na proposta do banco há uma redução de apenas 15% da jornada (72min para quem tem jornada de 8h; 54min a menos para quem tem jornada de 6h), mas o banco queria propor uma compensação deste benefício com a transformação das Ausências Permitidas para Tratar de Interesse Particular (Apips) em horas de todo o quadro de pessoal.
Banco de horas e outras questões
Em sua proposta, a Caixa sugeriu o aumento para oito meses no prazo de compensação de horas, com a possibilidade de desconto do saldo negativo com a utilização das Apips.
Segundo sindicalistas, o desconto de saldo negativo é um problema histórico na Caixa. Da forma como proposto pela Caixa, talvez não seja a melhor solução. É importante, pelo menos, ter uma trava, um limite de horas a serem descontadas.
Devemos priorizar o trabalho remoto para PcD e para pais, mães e responsáveis pelos cuidados de PcD, que é uma reivindicação já apresentada para o banco há mais de um ano.
Outro ponto levantado para a discussão é com relação aos custos da escola inclusiva para filhos com deficiência de empregadas e empregados da Caixa. Os membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) defendem que os valores devem ser assumidos pela Caixa e não incluídos como despesas do plano de saúde dos trabalhadores, o Saúde Caixa.
Para a Caixa responder
Para agilizar as negociações, além dos tópicos específicos sobre a redução de jornada para pais/mães, ou responsáveis pelos cuidados de PcD, bem como sobre a redução de jornada para empregadas e empregados PcD, a CEE se reuniu e levantou outros pontos de reivindicações das empregadas e empregados deste segmento e enviou para o banco responder no dia da reunião. “A intenção é a de contribuir para que a reunião transcorra mais rapidamente e de forma mais assertiva, trazendo ganho de tempo para ambos os lados, e solução e alento para quem é afetado pelos pontos levantados”, disse o coordenador da CEE, Rafael de Castro.