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Qual a diferença entre TDAH e autismo? Saiba como lidar com cada transtorno

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4 de abril de 2024

Na última terça-feira (2/4) foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Uma dúvida frequente é qual a diferença entre o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e o autismo. Ambos são distúrbios que afetam o neurodesenvolvimento de crianças e adolescentes. Mas como saber lidar com cada situação?

De acordo com o hospital pediátrico Pequeno Príncipe, em Curitiba, Paraná, tanto nos casos de TEA (Transtorno do Espectro Autista) quanto de TDAH, o diagnóstico precoce é de grande importância para o tratamento e apoio especializado ao jovem.

A ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) estima que entre 5% e 8% da população mundial tenha o transtorno. O estudo “Retratos do Autismo no Brasil em 2023”, por sua vez, mostrou que 4 milhões de brasileiros se enquadram no espectro autista.

As síndromes compartilham algumas semelhanças, como a dificuldade de comunicação social, de aprendizagem e da adaptação comportamental. Mas você sabe como cada transtorno afeta crianças e adolescentes?

Semelhanças entre TDAH e autismo

Pessoas com TDAH ou TEA podem sentir dificuldade em manter a atenção durante interações sociais ou tarefas por longos períodos. Embora as motivações possam variar, ambos os distúrbios apresentam padrões de comportamentos repetitivos ou de fixação em interesses específicos.

Outro ponto em comum é que as características podem mudar bastante de indivíduo para indivíduo. O neuropediatra Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe, ressalta a necessidade de um diagnóstico preciso.

“Essa sobreposição nos desafios de comunicação e atenção pode, às vezes, complicar o diagnóstico diferencial entre os dois transtornos. Por isso, a importância de uma avaliação detalhada e individualizada com um profissional especializado”, explica o médico.

Diferenças entre TDAH e autismo

O TDAH se caracteriza principalmente pela impulsividade, hiperatividade e dificuldade em manter a atenção. As pessoas com o transtorno costumam agir sem pensar, o que impacta a vida social, acadêmica e profissional.

O transtorno do espectro autista, por outro lado, é definido por déficit nas interações sociais e na comunicação, além dos padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos.

O TEA ainda inclui uma gama de sintomas sensoriais, como hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos visuais, auditivos ou táteis. Essas características não pertencem ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Diagnóstico

Os diagnósticos são confirmados por avaliações clínicas, que incluem entrevistas com pais, observações comportamentais, uso de escalas e questionários padronizados. A equipe multidisciplinar reúne pediatras, neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e terapeutas ocupacionais.

Os dois transtornos são diagnosticados com base em critérios detalhados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e na Classificação Internacional de Doenças.

Tratamento individual

O tratamento é altamente individualizado e deve ser ajustado ao longo do tempo conforme as necessidades mudam. Para o TDAH, costumam ser receitados remédios que melhoram a atenção e controlam os impulsos, além de terapias comportamentais e adaptações pedagógicas.

Nos casos de autismo, a abordagem envolve terapias comportamentais, terapêuticas e educacionais, acompanhadas de intervenções psicossociais para o desenvolvimento de habilidades. O suporte também é estendido à família da pessoa com TEA para um melhor ajuste social e emocional.

Como apoiar a pessoa com TDAH ou TEA?

O neuropediatra Anderson Nitsche orienta como lidar com uma pessoa diagnosticada com autismo ou TDAH. “Trata-se de um compromisso com o desenvolvimento e bem-estar da pessoa, proporcionando-lhe um ambiente que favoreça seu crescimento e aprendizado contínuos”, afirma.

“Demanda paciência, compreensão e disposição para adaptar estratégias conforme necessário”, conclui o especialista.

Confira as dicas para apoiar pessoas neurodivergentes:

>> Promover um ambiente familiar estruturado: estabelecer uma rotina consistente e um espaço pouco distrativo favorece o foco em tarefas e ajuda a gerenciar a ansiedade. A comunicação clara e direta, adaptada às necessidades individuais, também é essencial, especialmente para pessoas autistas. Recursos visuais podem ser úteis.

>> Criar um PEI (Plano Educacional Individualizado) na escola: avaliar as necessidades específicas do estudante é fundamental. Isso pode incluir ajustes como mais tempo para tarefas e acesso à instrução especializada. Um ambiente acolhedor e inclusivo promove a compreensão e aceitação entre todos os estudantes.

>> Facilitar a transição entre diferentes ambientes: discutir o que esperar e como agir em novas situações pode ajudar a minimizar a ansiedade em mudanças ou eventos desconhecidos. A participação em grupos de apoio ou atividades extracurriculares pode ser encorajada para facilitar a interação social em um contexto estruturado e positivo.

>> Garantir acessos e educação contínua: assegurar que a pessoa com transtornos de neurodesenvolvimento tenha acesso às adaptações e recursos necessários em todos os contextos é muito importante. Além disso, é essencial que famílias e profissionais busquem constante educação e formação para melhor compreender essas pessoas.

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