Senador Paulo Paim, junto com líderes de movimentos sociais e Sindicais, protocolou requerimento assinado por 50 senadores, solicitando CPI da Previdência no Senado Federal, em Brasília – DF.
O senador Paulo Paim protocolou na tarde de terça 21 na Secretaria-Geral da Casa um pedido de abertura de CPI (comissão parlamentar de inquérito) para apurar desvios na Previdência Social. O pedido teve assinaturas de 50 dos 81 senadores, bem acima do mínimo exigido (27).
O parlamentar é contrário à proposta de reforma da Previdência feita pelo governo e em discussão, neste momento, em comissão especial da Câmara. Para Paim, a CPI deverá comprovar que o sistema é superavitário, contestando, dessa forma, argumento do governo para justificar a reforma. “Vamos fazer o debate em todos os estados, para que a população saiba quem está assaltando os cofres da nossa seguridade.”
Em vídeo postado na sua conta no Facebook, o senador disse que o objetivo é saber “quem é quem” “Quem rouba, quem são os corruptos, onde estão os 500 maiores devedores, quem de forma indevida desloca para outros fins o dinheiro da Previdência”, diz Paim.
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora foi representada por Ricardo Saraiva Big (Secretário de Relações Internacionais da Central e secretário geral do Sindicato), Berna Menezes e Mané Gabeira.
Com base, segundo ele, em dados de procuradores da Fazenda e auditores-fiscais, o parlamentar afirmou que é possível arrecadar R$ 500 bilhões a mais por ano. “Vocês sabiam que, em quatro anos, teve gente que descontou do trabalhador mais de R$ 100 bilhões e não passou para a Previdência?”
Explicações
A 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal deferiu, parcialmente, pedido de liminar formulado pela Federação Nacional dos Servidores da Justiça Federal e do Ministério Público Federal (Fenajufe) contra a União, para que o governo de Michel Temer comprove a veracidade dos dados financeiros que embasam a afirmação de que, atualmente, o sistema de Previdência Social é deficitário em R$ 140 bilhões.
Reforma da Previdência: uma das formas mais brutais exclusão social
Fonte: SEEB SP