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Presidente do Santander escancara ganância de bancos privados

24 de fevereiro de 2017

Em evento do mercado de capitais, presidente do Santander no Brasil atacou linhas de crédito direcionado dos bancos públicos, fundamentais para agricultura familiar, habitação e saneamento.

Em evento da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais), o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, comemorou a liberação do saque das contas inativas do FGTS como um “avanço no debate sobre a desregulamentação do setor bancário” e taxou o crédito direcionado ofertado por bancos públicos, fundamental para áreas como agricultura, habitação e infraestrutura, como uma distorção do sistema financeiro nacional que impede a concorrência no setor.

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Relacionar o saque de contas inativas do FGTS com o debate sobre desregulamentação do setor bancário é um equívoco. O FGTS é uma poupança dos trabalhadores direcionada para financiar o saneamento e a habitação. Isso Rial não esclarece. Enfraquecer o FGTS é o mesmo que cortar recursos para essas duas áreas, já tão carentes no Brasil.

Ao classificar o crédito direcionado como uma “distorção”, Rial ataca os bancos públicos – Caixa, Banco do Brasil e BNDES – que operam linhas de crédito mais baratas para a habitação, obras de infraestrutura e agricultura familiar, responsável por cerca de 70% da produção de alimentos que chegam na mesa do brasileiro e 80% dos empregos no campo.

O presidente do Santander tenta colocar a culpa das altas taxas de juros no crédito direcionado. Uma grande falácia. Primeiro pelo fato de a Selic, referência para as taxas cobradas pelos bancos, já ser alta. O que impede a concorrência não é o crédito direcionado, e sim a absurda concentração no setor bancário, no qual apenas cinco bancos detêm quase todo o mercado. Por fim, Rial não fala que um dos componentes do spread bancário, a diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram do cliente final, é o lucro do banco. Se quer concorrer, que diminua o spread do Santander.

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O ataque de Rial ao crédito direcionado está alinhado com o discurso do governo Temer. Em seminário sobre o spread bancário, o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que já atuou como economista-chefe do Itaú, defendeu que as linhas de financiamento mais baratas praticadas pelos bancos públicos encarecem o custo total do crédito no país.

Os banqueiros estão alinhados com o atual governo e sua política neoliberal desde o início. A ganância é tanta que Rial, presidente de um banco estrangeiro que já se utilizou dos lucros obtidos no Brasil para segurar o resultado da instituição na Espanha, não se constrange em atacar publicamente o crédito mais barato para áreas tão carentes como moradia e saneamento. Defende sem o menor pudor uma política econômica rentista, sem a menor preocupação com a população e o desenvolvimento do país.

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Crédito: Fernando Diegues
Fonte: SEEB SP

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