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Caixa Econômica Federal

Presidenta quer Caixa agindo para redução dos juros sem perder rentabilidade

23 de fevereiro de 2023

Rita Serrano disse em entrevista ao Valor que papel público do banco será fortalecido e descartou ideias de privatização

A nova presidenta da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico que o banco deve atuar pela redução das taxas de juros dos empréstimos e financiamentos concedidos no país. Segundo ela, essa é a função de um banco estatal, como a Caixa, num cenário de crédito escasso e taxas altas.

“O papel dos bancos públicos, de fato, é atuar como política anticíclica”, disse ela, na entrevista publicada nesta quarta-feira (22).

Serrano ressaltou que a Caixa não vai abrir mão de sua rentabilidade para agir de tal forma. Afirmou que a legislação e regras de governança proíbem esse tipo de atuação.

Ela explicou, porém, que, havendo espaço para corte de juros, a Caixa pode fazê-lo. Isso tende a pressionar outros bancos a fazerem o mesmo por conta da concorrência.

“Nada que dê prejuízo para o banco será feito, mas dentro de uma política de concorrência, vale a concorrência. Não é isso que os liberais pregam? O mercado?”, afirmou.

Serrano foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a chefia da Caixa, da qual é funcionária desde 1989. Ela também já foi presidenta do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista entre 2006 e 2012. Desde 2014, ela é conselheira eleita pelos empregados no Conselho de Administração do banco estatal.

Lula tem reclamado dos juros no Brasil porque, segundo ele, eles limitam o crescimento. As críticas do presidente estão voltadas principalmente ao Banco Central, que define metas para a taxa básica de juros (Selic) – hoje, em 13,75% ao ano.

Serrano afirmou que a Selic neste patamar é prejudicial à Caixa. “Com uma taxa de juros alta, uma das mais altas do mundo, você penaliza a Caixa, que é voltada para o desenvolvimento do país, e os clientes. Quando vou ofertar habitação, por exemplo, é mais cara com essa taxa de juros”, explicou.

Cobrança sobre privados

Ela disse que não existe problema no fato de o banco buscar lucros e, ao mesmo tempo, colaborar com o crescimento do país. Cobrou, inclusive, que os bancos privados façam o mesmo. “Não existe dicotomia. Inclusive os bancos privados deveriam ter um compromisso com o país, investindo no desenvolvimento”, disse.

Serrano reclamou na entrevista do uso eleitoreiro da Caixa durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Disse que o banco concedeu R$ 7,6 bilhões em empréstimos consignados vinculados ao Auxílio Brasil às vésperas do segundo turno. Afirmou, inclusive, que a Caixa não deve mais oferecer esse tipo de crédito, mesmo após mudanças nas regras dele anunciadas pelo novo governo.

“[A Caixa] não vai aderir. Com as novas regras, a operação não se paga”, afirmou. “Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado.”

Serrano também afirmou que qualquer ideia de privatizar a Caixa ou partes dela estão descartadas. “O desenho que estava colocado no governo anterior era vender todos os ativos, ou abrir capital das subsidiárias, e havia uma discussão de abrir o capital da própria Caixa. Isso não existe mais.”

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