Não é possível que os bancos, que lucraram quase R$ 90 bilhões em 2018 e têm expectativa de alcançar muito mais este ano, não promovam políticas inclusivas, com foco na igualdade de oportunidades para toda categoria
A quantidade de pessoas com deficiência atuando como funcionários nos bancos ainda está longe do ideal e não representa a diversidade no setor. Foi o que constaram os dados dos Censos da Diversidade Bancária de 2008 e de 2014. O primeiro registrou apenas 1,8% de PCDs nos bancos. Houve um aumento pequeno no segundo, mostrando que o grupo passou para 3,6% no total do quadro de pessoal.
Também existem obstáculos quando se trata de ascensão profissional e tempo de casa entre as pessoas com deficiência. O 2º Censo da Diversidade mostrou que 30% dos PCDs estão há mais de 10 anos no banco e a média do setor é de 38,8%.
Mesmo que não tão significantes, a evolução apresentada entre os PCDs é fruto da luta e de discussões dos representantes da categoria durante as mesas de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Inclusive, as pautas relacionadas à igualdade de gênero, raça, orientação sexual e pessoas com deficiência ganharam mais espaço a partir dos anos 2000.
Além de realizar mais um diagnóstico do setor financeiro, o 3º Censo da Diversidade, que será aplicado entre agosto e outubro, também será uma oportunidade para buscar avanços mais expressivos em todos os segmentos. Sem importar se o bancário for homem, mulher, pessoa com deficiência, homossexual, heterossexual, negro, amarelo, indígena ou branco.
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Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia