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Novo vírus intercepta transferências via Pix e altera valor e destinatário; veja como funciona

2 de março de 2023

Malware não explora nenhuma falha do Pix ou dos aplicativos dos bancos, mas sim do próprio usuário; veja como se proteger

Um novo malware (um tipo de vírus), que se instala em celulares Android, tem atacado clientes dos principais bancos brasileiros, como Bradesco, Caixa, Itaú e Nubank — e até a corretora de criptoativos Binance. Ele intercepta transferências via Pix feitas pelos aplicativos das instituições financeiras e altera quem vai receber o dinheiro e até o valor enviado.

O BrasDex foi descoberto pela empresa de cibersegurança Threat Fabric em dezembro, quando já havia atacado mais de mil pessoas, gerando prejuízos de centenas de milhares de reais (o valor exato não foi revelado). O malware não explora nenhuma falha do Pix ou dos aplicativos das empresas em si, mas sim erros do próprio usuário — que autoriza a instalação do vírus voluntariamente e dá total acesso ao aparelho —, além de brechas de segurança do sistema operacional Android.

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, um cliente do Nubank mostra a tentativa de golpe em tempo real: ele filma a tela do celular da irmã, enquanto ela vai fazer um Pix de R$ 1 para a mãe pelo aplicativo do banco. O pedido de senha — necessário para concluir a transferência — demora mais que o normal, e quem grava o vídeo mostra alterações na tela do celular e diz que o aparelho treme.

Isso acontece porque, por trás da tela, o BrasDex está mudando o valor da transação e o destinatário. Se a pessoa digitasse a senha, ela teria transferido mais de R$ 600 (quase todo o saldo disponível na conta) para uma pessoa desconhecida, concretizando o golpe.

Bancos alvo do BrasDex

Segundo a empresa de cibersegurança, o malware (que significa “malicious software”, ou software malicioso em tradução livre) pode interceptar transferências dos seguintes bancos:

  • Banco do Brasil
  • Banco Original
  • Binance
  • Bradesco
  • Caixa Econômica Federal
  • Inter
  • Itaú
  • Nubank
  • PicPay
  • Santander Brasil

O InfoMoney procurou a maioria das instituições acima. O Bradesco e o Santander não responderam aos questionamentos enviados, e o Nubank apenas mandou um link do seu blog, com informações genéricas sobre como funcionam malwares (não há qualquer menção ao BrasDex, por exemplo).

Banco do Brasil, Caixa, Inter e Itaú enviaram respostas em que descrevem o que estão fazendo para combater fraudes contra clientes e destacam a importância de o usuário não cair em golpes. O BB foi o único que citou nominalmente o vírus, mas afirmou que “até o momento não temos registros de problemas com clientes causados pelo malware BrasDex”.

Por que o Pix?

Segundo os especialistas, o vírus explora o Pix pela sua velocidade de transação e porque não é possível desfazer uma transferência. Além disso, até a vítima perceber que caiu em um golpe e avisar o banco — e a instituição tentar recuperar o dinheiro —, o valor já vai ter sido transferido da conta “laranja” para outras contas, praticamente inviabilizando o seu rastreio.

Dicas de segurança

A instalação de malwares, em geral, se dá a partir de e-mails, mensagens de WhatsApp, sites não confiáveis (que requerem a instalação de um aplicativo) ou até SMS de phishing, que visam convencer o usuário da necessidade de atualização de determinado programa ou mesmo do preenchimento de algum formulário.

Veja algumas dicas básicas:

  • seu aparelho precisa ter uma senha forte;
  • qualquer aplicativo que tenha um segundo fator de autenticação (como biometria), ative essa camada extra de proteção. É um bloqueio a mais contra o atacante;
  • fuja de dar “next next finish” (uma referência ao hábito das pessoas de darem consentimento a tudo sem ler o que está fazendo);
  • deixe no celular somente aplicativos em uso, para que você não esqueça de apagar e ficar por anos no celular, pegando seus dados.
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