Ministério Público Federal tenta silenciar o jornalista por críticas ao genocídio cometido por Israel em Gaza.
A Intersindical – Central da Classe Trabalhadora manifesta sua solidariedade ao jornalista
Breno Altman, alvo de denúncia absurda apresentada pelo Ministério Público Federal, que o
acusa de racismo contra judeus por declarações críticas ao Estado de Israel e à sua política
genocída contra o povo palestino.

É com indignação que acompanhamos o avanço de uma tentativa de criminalizar e silenciar a
denúncia contra a violação dos direitos humanos do povo palestino. Trata-se de uma
perseguição que tenta confundir deliberadamente o antissionismo – crítica legítima ao projeto
colonial e à política do Estado de Israel – com antissemitismo, que é a aversão aos povos
semitas (entre eles, judeus e árabes). Breno Altman, ele próprio judeu, tem se posicionado de
forma firme contra o genocídio promovido em Gaza, assumindo uma postura coerente com os
princípios democráticos e humanitários, estalecidos pelas Nações Unidas.
A denúncia movida pelo procurador Maurício Fabretti, mesmo após a conclusão da Polícia
Federal de que não houve crime nas declarações de Altman, evidencia um preocupante
movimento de judicialização da opinião política e de censura ideológica. Ao defender o direito
do povo palestino à resistência e denunciar a política genocida de Israel, Altman não promove
ódio – pelo contrário, exerce sua consciência crítica e compromisso com os direitos dos povos
oprimidos.

A Intersindical reitera seu compromisso com a causa palestina e com a solidariedade
internacionalista entre os povos. Defender Breno Altman é também defender a democracia, é
a liberdade de lutar contra o colonialismo em todas as suas formas.
Seguiremos lado a lado com os/as que não se calam diante da injustiça.
São Paulo, 13 de outubro de 2025
Nilza Pereira de Almeida
Secretária Geral da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Ricardo Saraiva (Big)
Secretário de Relações Internacionais da Intersindical – CentraL da Classe Trabalhadora