O Sindicato tem conseguido readmitir trabalhadores (as) lutando diariamente desde 1933. Você às vezes não tem idéia como acontece. Todos os direitos, benefícios e readmissões são frutos de muitas lutas travadas desde o século passado. Veja abaixo algumas conquistas e como é importante lutar e se mobilizar:
1934 – Jornada de 6 horas; 1ª Greve Nacional conquistou aposentadoria aos 30 anos de serviço e 50 anos de idade, estabilidade após 2 anos de serviços público e privado e criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários – IAPB (tudo desmantelado pela ditadura militar de 1964);
1951 – A maior greve em São Paulo. Foram 69 dias de muita luta da categoria sofrendo repressão e prisões porque desafiavam a Lei de Greve, que impedia o setor de bancário de ter esse direito;
1961 – Greve conquista o 13º salário, gratificação de caixa e de chefia;
1962 – Sábado livre e Adicional por Tempo de Serviço;
1979 – Seguro de vida contra assalto;
1981 – gratificação de função 40%, estabilidade licença saúde;
1982 – Quebra de caixa, Ajuda Alimentação, Transporte, Auxílio creche;
1984 – Cesta Básica;
1989 – Conquista do vale refeição;
1992 – Conquista do Acordo Único dos Bancários; Vale refeição unificado tanto para 6 como 8horas e concessão durante o ano todo, inclusive nas férias; auxílio creche até 83 meses;
1995 – PLR;
2004 – A maior greve nacional realizada durante 33 dias, que unificou bancários dos setores público e privado conseguindo repor totalmente a inflação, após muita repressão das polícias militares estaduais, pressão da justiça para pôr fim à greve e a omissão do governo federal frente às reivindicações dos trabalhadores.
2005 – Formação da Intersindical
A partir de 2005, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos faz parte, juntamente com outros movimentos políticos/sindicais/sociais, da construção de um novo instrumento de luta da classe trabalhadora: A Intersindical que tem como objetivo organizar e mobilizar os (as) trabalhadores (as) do campo e da cidade para o enfrentamento de classe. E que, para isso, retome junto com as ações conjuntas, a preocupação militante com a formação e a organização no local de trabalho; que dialogue e atue com os movimentos sociais; que possa na diversidade construir a unidade daqueles que não se renderam à conciliação de classes e que reafirmam a necessidade de construir um sindicalismo autônomo e independente dos patrões, dos governos e dos partidos e que faça de suas ações cotidianas a busca por uma sociedade socialista.
Tinhamos certeza que só a resistência e a disputa interna dentro da CUT não eram suficientes para enfrentar o momento de fragmentação do conjunto do movimento sindical e os ataques constantes exercidos pelo Capital.
2007 – 13ª Cesta Alimentação
2008 – Aumento na distribuição da PLR
2010 – formação de uma nova CENTRAL SINDICAL
Como consequência natural da formação da Intersindical pelos trabalhadores compromissados com a verdadeira luta da classe independente de patrões, partidos e governos acreditamos que o momento é de reunir forças e preparar o terreno para o ascenso da classe trabalhadora, que não acontecerá mecanicamente e nem nos espera na esquina, mas que certamente virá dias 5 e 6 de junho de 2010 com a realização do Congresso da Classe Trabalhadora – Conclat, em Santos/SP. Mais uma marco histórico dos bancários de Santos e Região na contribuição para a luta sindical no Brasil.
Para isso, um Seminário Nacional da Reorganização dos Trabalhadores, realizado nos dias 01 e 02 de novembro a de 2009, em São Paulo, aprovou, por consenso, a constituição de uma Central classista e unitária para as lutas dos trabalhadores. Unindo Intersindical, Conlutas, MAS, MTST, MTL, Pastoral Operária Metropolitana de SP, além de setores sindicais independentes, a nova organização surge na contramão do processo de fragmentação do movimento sindical, em curso desde a falência da CUT como instrumento independente da classe trabalhadora.
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A Categoria Bancária
Até 1923, inclusive organicamente, não havia distinção entre bancários e comerciários. Porém, desde 1922, já se discutia a criação de uma entidade que agregasse os bancários. Em 1923, na capital São Paulo, é convocada uma reunião para o dia 14 de Abril. Nesta, os debates avançam até a madrugada e a conclusão dos trabalhos é adiada para o dia 16 de Abril, quando então, na presença de 84 bancários, os estatutos são aprovados e eleitos a primeira diretoria, o conselho deliberativo e as comissões da Associação dos Funcionários de Bancos do Estado de São Paulo, a primeira do País.
O Estopim da 1ª Greve Bancária é aceso em Santos
Dia 18 de Abril de 1932, corre a notícia inacreditável (na época) de que os bancários do Banco do Estado de São Paulo, sucursal/Santos, entraram em greve, seguidos pela matriz na capital. Colunistas de vários jornais ficam espantados com o movimento, pois anteriormente a greve só fora adotada entre os operários, que quase sempre obtinham conquistas.
O bancário santista e fundador do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, em 1933, REGINALDO DE CARVALHO, foi o líder da primeira greve da categoria. Carvalho foi preso em 1935 em decorrência da militância sindical e da incriminação de comunista.
Cronologia das Principais Lutas e Conquistas dos Bancários
1933 – Fundação do Sindicato dos Bancários de Santos e muitos outros por todo o País como em Porto Alegre, Rio de Janeiro e a Associação dos Bancários de São Paulo passa a ser Sindicato dos Bancários de São Paulo; Conquista da Jornada de 6 horas;
1934 – 1ª Greve Nacional com duração de três dias, que conquistou aposentadoria aos 30 anos de serviço e 50 anos de idade, estabilidade após 2 anos de serviços (no setor público e privado) e criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários – IAPB (tudo desmantelado pela ditadura militar de 1964);
1946 – 2ª Greve nacional com duração de 19 dias, sindicatos sofrem intervenções;
1951 – A maior greve estadual realizada somente no Estado de São Paulo. Foram 69 dias de muita luta da categoria sofrendo repressão e prisões porque desafiavam a Lei de Greve que impedia o setor de bancário de ter esse direito;
1961 – Greve da Dignidade realizada pelos bancários do setor privado que conquistam o 13º salário;
1962 – Sábado livre;
1964 – Período de massacre na história dos trabalhadores e da Nação, que sofrem com o Golpe Militar e são alijados dos direitos a liberdade de expressão, greve ou qualquer tipo de mobilização, direitos trabalhistas conquistados em outras décadas como a estabilidade, IAPB e outros. Além de serem perseguidos, torturados e mortos pelo regime de exceção;
1983 – Criação da Central Única dos Trabalhadores;
1989 – Conquista do vale refeição;
1992 – Criação da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), conquista do Acordo Único dos Bancários para todo o País reivindicado desde 1951; Vale refeição unificado tanto para 6 como 8 horas e concessão durante o ano todo, inclusive nas férias; auxílio creche até 83 meses;
1994 – Cesta Básica;
1995 – Participação nos lucros
2004 – A maior greve nacional realizada durante 30 dias, em todas as capitais e principais cidades do País, que unificou bancários do setor público e privado nas reivindicações por um reajuste igualitário para todos conseguindo repor totalmente a inflação, após muita repressão das polícias militares estaduais, pressão da justiça para pôr fim à greve e a omissão do governo federal frente às reivindicações dos trabalhadores.