A categoria bancária é a que mais contrai doenças psicológicas, ninguém aguenta mais o assédio por metas absurdas
O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação dos Bancos (Fenaban) reúnem-se nesta segunda-feira 29 em mesa de negociação sobre saúde.
Os representantes dos trabalhadores apontarão a necessidade de criação de um canal de diálogo entre os bancos e seus funcionários, para que haja um acolhimento adequado, uma vez que hoje os bancos dão poucas informações aos bancários que se afastam.
Outra demanda do movimento sindical é para que haja solução para o problema de endividamento dos bancários com o parcelamento dos adiantamentos efetuados, e reivindicarão que a parcela não ultrapasse 30% do salário.
Reforçarão a necessidade do combate ao assédio moral e à pressão por metas abusivas, coisas que têm acarretado sofrimento e adoecimento na categoria.
Os representantes dos trabalhadores também querem debater a cláusula 61 da CCT (mecanismos de prevenção de conflitos nos ambientes de trabalho), buscando aperfeiçoamento com a criação de canais específicos para denúncia, definição de fluxo de apuração transparente e com a participação dos sindicatos.
“A nossa categoria é a que mais contrai doenças psicológicas. Os trabalhadores e trabalhadoras não aguentam mais asvmetas absurdas e o assédio diário”, diz Eneida koury, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Também será debatido sobre o Programa de Retorno ao Trabalho, reivindicando que os bancos cumpram o acordado na CCT (clausula 43).