Atestado de bancária inapta a retornar ao trabalho após ser desligada é alterado após exame demissional
Depois da reunião com a direção do banco, na semana passada, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) levou algumas denúncias de ingerência do departamento de Recursos Humanos (RH) em decisões médicas e problemas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). O caso mais emblemático é o de uma bancária, gerente de contas que foi desligada sob a alegação de que seu cargo não existia mais.
No entanto, a denúncia revela uma série de irregularidades e desrespeito à saúde ocupacional da funcionária. Ela, que recentemente se recuperou de uma cirurgia, sempre atingiu as metas estabelecidas pelo banco, inclusive após seu retorno às atividades, período em que realizou fisioterapia e outras terapias, tudo de conhecimento da sua gestão.
A situação agravou com uma avaliação médica, quando a bancária comunicou à médica do trabalho sua condição de saúde. Surpreendentemente, a médica a considerou inapta para retorno ao trabalho, indicando que não poderia ser desligada naquelas circunstâncias. Contudo, segundo a denúncia, a interferência do RH tornou-se evidente quando a bancária foi contatada para corrigir o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) para “Demissional”. Tanto a enfermeira quanto o RH afirmaram que houve um “equívoco” por parte da médica.
Os sindicalistas ressaltam que tudo indica que tanto o ASO quanto o atestado original emitidos pela médica foram alterados de maneira suspeita.
Para os dirigentes sindicais, a situação dela não é um caso isolado, mas o reflexo de uma prática prejudicial à integridade física e profissional dos trabalhadores bancários. “Denuncie ao Sindicato todo tipo de ameaças a sua integridade e aos seus direitos!” Salienta Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Itaú.