Deputados são acusados de divulgar informações falsas sobre o Banco do Brasil, incitar pânico financeiro e tentar desestabilizar o sistema bancário nacional
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou terça-feira (16) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre o pedido do deputado federal Reimont (PT-RJ) para que os parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) sejam investigados por divulgarem informações falsas a respeito do Banco do Brasil.
A petição, protocolada por Reimont no fim de agosto, sustenta que as declarações configuram crimes como divulgação de informação falsa sobre instituição financeira, organização criminosa, crimes contra a economia popular e contra a ordem econômica.
O deputado do PT cita publicações nas redes sociais feitas pelos dois parlamentares bolsonaristas. Em um vídeo, Eduardo Bolsonaro afirmou: “O Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência.” Já Gustavo Gayer disse: “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil.”
Segundo a representação, a fala de Eduardo é “manifestamente falsa” e foi amplificada para difundir pânico financeiro, enquanto a de Gayer caracterizaria incitação a uma corrida bancária, com risco de desestabilização do sistema financeiro nacional.
Reimont pediu ainda a abertura de inquérito contra os parlamentares, além de medidas cautelares como suspensão de passaportes, proibição de manter contato com outros investigados e até suspensão de mandatos.
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