A privatização é de interesse do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na semana passada, ele se reuniu com Lula na tentativa de interceder pela realização do leilão que desenhou enquanto era ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL)
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), voltou a descartar a privatização do porto de Santos nesta sexta-feira (20). Em entrevista, ele disse que discorda totalmente da venda da autoridade portuária. E que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem “alternativas mais rápidas” para tirar do papel a obra do túnel seco para ligar Santos a Guarujá, no litoral sul paulista.
A privatização do porto de Santos é de interesse do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Na semana passada, ele se reuniu com Lula na tentativa de interceder pela realização do megaleilão, desenhado em sua gestão como ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL). Segundo Tarcísio, Lula não fechou as portas sobre o leilão. E abriu diálogo sobre o tema.
França afirmou que o governo Bolsonaro conseguiu privatizar apenas uma autoridade portuária em quatro anos, a Codesa, no Espírito Santo. E que a pasta está olhando a documentação do caso. E criticou. “No único país fora que foi feito (privatização), toda a parte de locação dos espaços públicos subiu 900%”, disse.
O ministro aproveitou para reforçar as críticas ao modelo de concessão de aeroportos. E citou os três pedidos de devolução apresentados pelas concessionárias de São Gonçalo do Amarante (RN), de Viracopos (SP) e do Galeão (RJ). “Os proprietários, diga-se de passagem, eram autoridades de outros países, veja a incongruência. Não estamos desestatizando, mas internacionalizando, como se vendesse pedaço do país para Inglaterra, França. Por que nossa Infraero não pode gerenciar?”