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Lula deve se reunir com Trump neste domingo e adiantou assuntos

Ricardo Stuckert / PR

24 de outubro de 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (24), no encerramento de sua visita à Indonésia, que espera que o provável encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para domingo (26), seja tranquilo e resulte em bom entendimento para as duas nações.

“Nosso interesse é contribuir para que as coisas terminem da melhor forma possível: que ganhe o Brasil e que ganhe os Estados Unidos. Mas, sobretudo, que ganhe o povo brasileiro e o povo americano”, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

“Estou convencido de que a gente pode avançar muito e voltar a uma relação civilizatória com os Estados Unidos, coisa que já temos há 201 anos. Nosso interesse é contribuir para que as coisas terminem da melhor forma possível: que ganhe o Brasil e que ganhe os Estados Unidos. Mas, sobretudo, que ganhe o povo brasileiro e o povo americano”. Disse.

O presidente brasileiro ressaltou que não haverá tema que não possa ser discutido entre os dois lados. “Não existe veto a nenhum assunto. Não tem assunto proibido para um país do tamanho do Brasil conversar com um país do tamanho dos Estados Unidos. Podemos discutir de Gaza à Ucrânia, de Rússia a Venezuela, materiais críticos, minerais, terras raras. Qualquer assunto”, listou.

TAXAS – Lula adiantou que o Brasil vai defender o argumento que tem sido a tônica da política externa do país desde o início desse processo, de que as taxas impostas ao país não têm motivação sustentável. “Tenho todo o interesse e disposição de mostrar que houve equívoco nas taxações. Quero provar com números. A tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação. Os Estados Unidos têm superávit de 410 bilhões de dólares em 15 anos com o Brasil”, argumentou.

CAFÉ E CARNE – O líder brasileiro citou ainda que as taxas de 50% impostas de forma unilateral sobre as exportações brasileiras tiveram efeitos adversos para a população norte-americana. “O presidente Trump sabe que o preço da carne lá está alto, que o cafezinho vai ficando caro, então penso que as pessoas vão descobrindo que nem todas as medidas que a gente toma repercutem do jeito que a gente queria”, ponderou.

SANÇÕES –Lula também antecipou que pretende abordar questões relativas a sanções a autoridades e ao país por razões políticas. “A tese de que não temos direitos humanos no Brasil não tem veracidade. Quem comete crime no Brasil é julgado e quem for considerado culpado é punido”, prosseguiu. “Também quero discutir a punição dada a ministros brasileiros da Suprema Corte”.

“A tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação. Os Estados Unidos têm superávit de 410 bilhões de dólares em 15 anos com o Brasil”

SOBERANIA – Perguntado sobre ações recentes dos Estados Unidos em torno do combate às drogas na região da América Latina, com ataques a embarcações que supostamente transportavam substâncias ilícitas, Lula citou a necessidade de respeito às regras da política internacional. “Você tem que prender as pessoas, julgar, saber se estavam ou não traficando, e aí punir de acordo com a lei. Você não pode simplesmente dizer que vai combater o narcotráfico na terra dos outros sem levar em conta a Constituição dos outros países, a autodeterminação dos povos ou a soberania territorial. Se o mundo ficar uma terra sem lei, fica difícil viver. Se o presidente Trump quiser discutir esse assunto comigo, terei imenso prazer”.

MENSAGEM POSITIVA – Lula concluiu ressaltando ter esperança de que a reunião possa resultar também em uma mensagem positiva ao mundo. “Nós somos as duas maiores democracias do Ocidente. Temos que passar para a humanidade harmonia e não desavença. Temos que mostrar para a humanidade uma perspectiva objetiva na melhoria de vida dos povos que a gente representa”.

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