O lucro gigante foi à custa de muito assédio por metas, falta de funcionários, cobranças de tarifas, adoecimento de bancários e negar a vocação de ser um banco voltado para o desenvolvimento do país, para se tornar de mercado, constata o movimento sindical
O lucro do Banco do Brasil no primeiro trimestre deste ano superou todas as expectativas dos analistas do mercado financeiro, ficando em R$ 9,3 bilhões, atrás, apenas, do resultado do Itaú Unibanco, que foi de R$ 9,8 bilhões, considerado ‘gigante’ pelos economistas dos próprios bancos, os únicos consultados pela mídia comercial para falar sobre temas ligados à economia.
O lucro do BB cresceu, assim, 8,8% sobre os números do mesmo período do ano anterior. O BB já havia obtido lucro recorde anual em 2023, atingindo R$ 35,6 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação aos R$ 31, 9 bilhões de 2022.
“Este lucro gigantesco infelizmente é à custa de muito assédio por metas, adoecimento dos colegas funcionários, acúmulo de funções, falta de funcionários e o distanciamento do banco da sua verdadeira vocação de incentivar a economia, riquezas e o emprego no país, para voltar-se ao mercado financeiro”, explica Eneida Koury, secretaria de Finanças do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancária do BB.