Reunião discutiu falta de autonomia médica, dificuldades para obter prontuário, problemas no ASO e denúncias de quebra de sigilo
Representantes dos funcionários se reuniram, terça-feira (12/08), com a direção do Itaú para tratar de diversas demandas apresentadas por bancárias e bancários, relacionadas ao atendimento médico e às condições de saúde no trabalho.
Entre as principais queixas levadas à reunião estão: a falta de autonomia dos médicos das clínicas credenciadas, que só concluem o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) após contato com o médico coordenador em São Paulo; a realização repetida de exames com o objetivo de mudar o resultado do ASO; e a emissão do documento apenas por e-mail. Também foi apontada a prática de avaliações médicas voltadas mais para a vida pessoal do que para as condições de trabalho dos empregados.
Outro ponto de preocupação foi a exigência do banco para que o trabalhador faça, de próprio punho, uma carta autenticada em cartório, com foto do crachá, para obter seu prontuário médico — mesmo sendo possível acessar informações pelo IU Conecta. A COE apontou a contradição dessa exigência, lembrando que o ASO precisa ser assinado pelo bancário, que pode recusar o documento se não concordar com o resultado. No entanto, quando precisa verificar as anotações médicas e exames, o acesso é dificultado pelo banco.
Diante das cobranças, o Itaú se comprometeu a criar um espaço para contestação do resultado do ASO e a disponibilizar comprovante físico para quem solicitar.
O canal de denúncias também foi debatido, com novas reclamações sobre quebra de sigilo, demissão de denunciantes e demora na apuração. O banco negou que tenha havido desligamentos por denúncias e propôs uma nova reunião para discutir melhorias no canal.
Os dirigentes sindicais pressionaram contra a demissão de trabalhadores em tratamento de doenças graves, como câncer, a melhoria na folha de pagamento de licenciados, a perda da qualidade de segurado e a realização de uma pesquisa de satisfação sobre os serviços médicos.
Os sindicalistas cobraram respostas rápidas os problemas de saúde, que são recorrentes.