Itaú 2030 tornou vida dos funcionários um inferno. Programa do Gera não tem transparência nos critérios ou regras claras
Desde que o Itaú lançou o projeto “Itaú 2030” e o novo programa de remuneração Gera, a vida dos trabalhados tornou-se um inferno. Várias denúncias e reclamações chegam ao movimento sindical.
Além do programa Gera não possuir regras claras, como falta de transparência nos critérios para remuneração, um dos maiores problemas é o acúmulo de funções e sobrecarga de trabalho dos Agentes de Negócios Caixa.
“As metas estão surreais. Tá puxado demais. Eles estão nos fazendo de escravos. Está cada dia mais difícil sobreviver nesse lugar”, denuncia uma trabalhadora.
“Estou vivendo sufocada. Tenho uma filha de dois anos. Não durmo, não consigo comer. Meu corpo dói inteiro. E não posso me afastar, isso pioraria minha situação”, desabafa outra colega.
“Acúmulo de funções… Um abuso, e recebendo menos”, afirma outro.
Em diversas ocasiões o movimento sindical cobrou do banco a suspensão das metas durante a pandemia por estarem prejudicando os trabalhadores.
“Já sou atendente, vendedor, telemarketing e agora caixa”, desabafa um funcionário.
“Depois das mudanças, colocaram a gente para aprender (já tive diferença de caixa), temos apenas um caixa na agência e eu [como] agente de negócios, [sendo] que estou aprendendo agora. Tem uma pessoa pra ensinar e atender, além das metas de vendas. Se eu ficar 100% aprendendo no caixa, impacta no Trilhas e, automaticamente, impacta na remuneração. Temos que trocar o pneu com o carro andando”, relata outro Agente de Negócios.
“Já cobramos o fim das metas e continuamos a pressionar sobre o Gera, tanto com relação ao treinamento bem como a remuneração dos Agentes de Negócios, a saúde dos funcionários, fim das demissões e outros problemas”, afirma Élcio Quinta, tesoureiro do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Itaú.
Fonte: SEEB de São Paulo com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região