Itaú fecha agências, demite, impõe metas, assédio moral e digital
O movimento sindical denuncia o desrespeito do maior banco privado do país com seus trabalhadores.
Mesmo com lucros bilionários — mais de R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2025 —, o Itaú segue fechando agências, promovendo demissões em massa e precarizando as condições de trabalho.
A cada semana, novas unidades são encerradas e centenas de empregados são desligados. Os que permanecem enfrentam sobrecarga, acúmulo de funções e metas cada vez mais abusivas, em um ambiente de trabalho marcado pela pressão e pelo medo.
“Os colegas estão sendo massacrados por metas, tensos com ameaças de demissão, muitos são demitidos e os restantes estão adoecendo numa gestão desumana, que busca o lucro com o suor e a vida dos bancários. É hora de mobilização em torno do nosso sindicato, na defesa dos direitos, salários e a humanização do local de trabalho”, destaca Elcio Quinta, trabalhador do Itaú e presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
“Feito para pessoas”? Só no marketing
Apesar de sustentar em suas campanhas publicitárias o discurso de ser “feito para pessoas”, na prática, o Itaú adota um modelo de gestão centrado em resultados e metas inalcançáveis, sem considerar o impacto humano.
Os trabalhadores denunciam a contradição entre a imagem humanizada do banco e a realidade cruel das demissões e do assédio moral e digital.
Com o avanço da automação e da digitalização, o Itaú investe em tecnologia sem garantir requalificação ou segurança aos empregados, transferindo o peso das transformações para quem está na linha de frente do atendimento.
O movimento sindical cobra o fim das demissões, a reabertura do diálogo e o respeito aos direitos da categoria.
Fechamento de agências e demissões: um ataque ao emprego e à população
Nos últimos anos, o Itaú fechou centenas de agências bancárias em todo o Brasil, especialmente em pequenas e médias cidades, afetando não apenas os trabalhadores, mas também a população que depende do atendimento presencial.
Cada agência fechada representa menos empregos, mais filas e pior atendimento. A política de enxugamento e digitalização forçada demonstra que o banco coloca o lucro acima do compromisso social com o país
Adoecimento e assédio: basta de metas impossíveis!
A pressão por resultados tem causado adoecimento físico e emocional entre os bancários. Crescem os casos de ansiedade, depressão e burnout, agravados por cobranças excessivas e monitoramento digital por ferramentas de inteligência artificial, que operam sem transparência e sem limites claros.
O movimento sindical defende a criação de políticas efetivas de saúde mental, com acompanhamento psicológico, redução de metas e um ambiente de trabalho pautado pelo respeito e acolhimento.