Banco bate recorde de lucros, mas continua fechando agências, adoecendo com metas e demitindo bancários
A atleta Rebeca Andrade é motivo de orgulho aos brasileiros. Alcançou a marca de seis medalhas em Olimpíadas, tendo conquistado em Paris 2024, o ouro no solo individual, mesmo feito em Tóquio 2020. No esporte quem se dedica muito, ganhando ou não medalha, é valorizado. Já nos bancos não se pode afirmar o mesmo. No quesito “valorização dos funcionários “, por exemplo, o Itaú seria o lanterna, merecendo, se muito, uma “medalha de lata”.
Em 2023, o Itaú extinguiu 180 agências físicas e cortou 3.292 postos de trabalho, sendo 1.342 apenas nos últimos três meses do ano.
Metas adoecem
A direção do banco parece não estar nem aí para os clientes e usuários, que sofrem com a piora no atendimento ao público com o fechamento de agências e dispensas e muito menos para com seus empregados.
No quesito saúde então nem se fala. Os bancários estão adoecendo, a maioria vítima de doenças psíquicas e comportamentais, muitos tomando remédios tarja preta para tentar ir trabalhar, tudo por causa da pressão e do assédio moral para o atingimento de metas.
Lucros só crescem
E falta de dinheiro para atender as reivindicações dos trabalhadores não é desculpa. O Itaú Unibanco registrou lucro recorrente de R$ 35,6 bilhões em 2023, alta de 15,7% em relação ao ano anterior. E os ganhos continuam este ano. No primeiro trimestre o maior banco privado do país teve lucro recorrente de R$ 9,8 bilhões no primeiro trimestre, alta de 15,8% ante o mesmo período de 2023.
Na avaliação dos sindicatos o crescimento dos resultados tem um preço alto: o adoecimento e muitas vezes a perda do emprego dos empregados. E nos demais bancos a realidade não é diferente.