Indicador do setor de comércio cresceu na comparação com julho e atingiu os 101,1 pontos. Acima de 100 pontos, o índice representa percepção de otimismo
O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias entrou na zona de otimismo e alcançou em agosto o melhor resultado desde abril de 2015. Depois de crescer 1,4%, o indicador da Confederação Nacional do Comércio chegou a 101,1 pontos, passando da linha de corte de indiferença. O desempenho se deve à melhora de seis dos sete indicadores analisados, mas os destaques, de acordo com a economista da CNC Izis Ferreira, foram a satisfação das famílias com seu nível de consumo atual e com o acesso e uso do crédito.
A CNC ressalva que os índices referentes a emprego continuam abaixo da linha de 100 pontos, ou seja, na zona negativa. Mas 42,5% dos entrevistados afirmaram estar mais seguros em seus empregos agora do que estavam em agosto do ano passado. O mesmo movimento ocorre com relação ao crédito: quase 37% dos entrevistados consideram que houve piora no acesso, mas isso é menos do que os 41,5% que tinham a mesma impressão em 2022. E houve aumento na quantidade de pessoas que acham que a situação melhorou. Um reflexo disso aparece na compra de bens duráveis, que cresceu 9,9%.