INPC fica em 0,71% em março ante 0,84% de fevereiro. Alimentos puxaram queda. Taxa acumulada da inflação no ano ficou em 2,09%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) , que mede a inflação no Brasil, fechou o mês de março com alta de 0,71%, ante um avanço de 0,84% em fevereiro – uma diferença de 0,13%, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (11). A taxa acumulada no ano ficou em 2,09%.
Nos últimos 12 meses, a inflação de 4,65% teve o menor nível desde janeiro de 2021, quando o índice estava em 4,56%. Nos 12 meses anteriores, a inflação chegou a 5,60% – uma queda de quase 1% comparando o período.
Cai alimentação, sobe transporte
Os produtos alimentícios registraram queda de 0,07% em março, após alta de 0,04% em fevereiro. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,87%, desacelerando em relação ao resultado de 1,01% observado em fevereiro.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,05%) foi influenciado pela queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março. Houve queda mais intensa nos preços da batata-inglesa (-12,80%) e do óleo de soja (-4,01%), e foram registrados recuos nos preços da cebola (-7,23%), do tomate (-4,02%) e das carnes (-1,06%). No lado das altas, destacam-se a cenoura (28,58%) e o ovo de galinha (7,64%).
Dos nove grupos pesquisados oito tiveram aumentos. Os preços dos combustíveis foram os maiores responsáveis pela alta. A gasolina subiu 8,33%, influenciando o grupo ‘transportes’, que gerou o maior impacto no INPC de 0,43%.
O etanol também subiu (3,20%), enquanto gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda. As passagens aéreas, que já haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% em março.
Inflação nas capitais
Todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi em Porto Alegre (1,25%), em função das altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Já a menor variação foi registrada em Fortaleza (0,35%), influenciada pelas quedas de 17,94% do tomate e de 2,91% do frango inteiro.
Confira no quadro
Fevereiro | Março | Ano | eses | |||
Porto Alegre | 7,15 | 0,77 | 1,37 | 2,36 | 3,84 | |
Brasília | 1,97 | 0,34 | 1,10 | 1,72 | 4,25 | |
Curitiba | 7,37 | 1,02 | 1,06 | 2,11 | 2,42 | |
Belém | 6,95 | 0,90 | 0,91 | 2,22 | 4,52 | |
Rio Branco | 0,72 | 0,51 | 0,80 | 1,81 | 3,72 | |
Goiânia | 4,43 | 0,73 | 0,75 | 1,78 | 3,38 | |
Vitória | 1,91 | 0,87 | 0,73 | 2,47 | 3,95 | |
São Luís | 3,47 | 0,66 | 0,72 | 1,35 | 4,08 | |
Campo Grande | 1,73 | 0,48 | 0,72 | 1,86 | 3,23 | |
Aracaju | 1,29 | 0,82 | 0,70 | 2,02 | 4,73 | |
Recife | 5,60 | 0,96 | 0,56 | 1,45 | 4,58 | |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,52 | 0,56 | 1,44 | 4,19 | |
São Paulo | 24,60 | 0,80 | 0,48 | 1,84 | 5,45 | |
Fortaleza | 5,16 | 0,79 | 0,39 | 1,92 | 4,73 | |
Salvador | 7,92 | 0,81 | 0,34 | 2,11 | 5,60 | |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,73 | 0,26 | 1,87 | 3,02 | |
Brasil | 100,00 | 0,77 | 0,64 | 1,88 | 4,36 |
Confira a íntegra da pesquisa do IBGE aqui