Pesquisa também evidencia que a disparidade salarial está presente em profissões ligadas às ciências exatas, como economistas do setor público
Um estudo recente realizado pela Folha de São Paulo revelou que persiste uma alarmante disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil, especialmente em cargos de liderança. Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022 mostram que a hora de trabalho de um homem no cargo de diretor financeiro pode valer até 3,9 vezes mais do que a de uma mulher na mesma função.
Essa desigualdade se estende a outras ocupações de alto escalão, onde os homens podem ganhar até 3,4 vezes mais do que suas colegas do sexo feminino. A pesquisa também evidencia que a disparidade salarial está presente em profissões ligadas às ciências exatas, como economistas do setor público e corretores de valores.
Especialistas apontam que essa discrepância está enraizada nos papéis sociais historicamente atribuídos às mulheres, que frequentemente enfrentam uma sobrecarga de responsabilidades domésticas e de cuidados familiares, reduzindo sua disponibilidade no mercado de trabalho.
Apesar dos avanços legislativos, como a lei de igualdade salarial sancionada em julho de 2023, os especialistas ressaltam que medidas adicionais são necessárias para eliminar as desigualdades de gênero no mercado de trabalho.
Promover a representação feminina em ocupações de maior remuneração é destacado como um passo crucial para alcançar a equidade salarial e promover o crescimento econômico e social do país, conclui especialistas.